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A treta do surfista baiano com o temido Sunny Garcia

Marcelo Alves lembra de bate-boca com o lendário havaiano Sunny Garcia: “Ele me xingava todo e eu não entendia nada”.

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Já imaginou disputar um título com o temido campeão mundial Sunny Garcia e ser xingado sem conseguir entender nada do que ele fala? O surfista baiano Marcelo Alves passou por essa situação e se recorda com muito humor da discussão com o havaiano, ocorrida na final do Mundial Master da Internacional Surfing Association (ISA), em 2013, no Equador.

A entrevista foi publicada no quadro “Resenha do Papah”, no canal do jornalista baiano Ader Oliveira.

Campeão do mundo em 2000 e marcado também por diversas polêmicas na carreira, como brigas em campeonatos de surfe e até uma prisão por sonegação de impostos nos Estados Unidos, Sunny tentou intimidar o tímido Marcelo, mas não conseguiu. O havaiano até dominou a finalíssima, mas também queria ajudar o conterrâneo Love Hodel a ser o vice-campeão, obtendo mais pontos para a equipe do Havaí no campeonato.

Natural de Ilhéus, Marcelo Alves competiu com “sangue no olho” em sua primeira e única viagem internacional até hoje. O baiano vivia um sonho e não pensou duas vezes na hora de bater de frente com o badalado Sunny Garcia, a grande estrela da competição. Sem entender absolutamente nada de Inglês, Marcelo só tentava devolver os insultos de Sunny do jeito que entendia: “Ele pegava uma onda e começava a me xingar, aí eu dizia ´fuck you now´ também pra ele” (risos). “Foi a maior confusão. No fim, ele saiu da água me xingando. Eu não entendia nada, então também não estava nem aí!”, lembra Marcelo Alves.

O surfista ilheense acabou conquistando a medalha de prata, deixando o outro havaiano (Love Hodel) em terceiro lugar. De cabeça fria e com a medalha de ouro já garantida, Sunny Garcia encontrou Marcelo no exame antidoping e o cumprimentou, mostrando que a rivalidade havia ficado na água.

Tentativa de suicídio – Em abril de 2019, Sunny Garcia chocou a comunidade mundial do surfe com uma tentativa de suicídio. Ele foi encontrado inconsciente em sua casa e levado para um hospital na cidade de Portland, nos Estados Unidos. O havaiano lutava contra a depressão havia pelo menos cinco anos.

A primeira e única manifestação da família até hoje ocorreu quatro meses depois. As informações foram que o surfista estava passando por uma série de terapias e falando as primeiras palavras desde o ocorrido.

“Estamos encarando um dia de cada vez e comemorando cada pequeno triunfo. Sunny é um guerreiro e luta todos os dias para ficar melhor e mais forte. Ele disse algumas palavras e agora está em terapia diária – terapia física, de fala e ocupacional. A família agradece seu apoio contínuo a Sunny enquanto ele continua a se curar. Será uma maratona, não uma corrida, mas trabalhamos todos os dias para garantir que ele esteja cercado de amor”, disse a família, na época, por nota oficial.

Desde então não se tem mais notícias do lendário campeão mundial, que atualmente tem 52 anos.

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Bodyboard

A hostilidade entre surfistas e bodyboarders diminuiu?

Makua Rothman, Jamie O’Brien e Jeff Hubbard debatem sobre a forma como muitos surfistas tratam o bodyboard.

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Jeff Hubbard é questionado por Makua Rothman sobre a forma a hostilidade entre surfistas e bodyboarders. Foto: Tim Whitfield

Jeff Hubbard é questionado por Makua Rothman sobre a forma a hostilidade entre surfistas e bodyboarders. Foto: Tim Whitfield

Durante um episódio do Podcast apresentado pelo free surfer havaiano Jamie O’Brien, o tricampeão mundial de bodyboard Jeff Hubbard foi questionado sobre uma velha polêmica: a forma como muitos surfistas tratam os bodyboarders.

O assunto veio à tona quando outro havaiano casca-grossa, Makua Rothman, deixou uma mensagem fazendo uma pergunta sobre o tema. “Estava aqui viajando… Minha pergunta é por que você acha que havia tanto estigma contra bodyboarders, ou ‘boogie boarders’, ou, como os chamavam no mundo do surfe, ‘dick draggers’*? Por que você acha que há tanta hostilidade entre surfistas e bodyboarders e de onde ela veio? Estava aqui pensando se você poderia esclarecer um pouco isso para nós, porque, sabe, serei o primeiro a admitir que já disse algumas dessas coisas e sei que era algo comum, mas algumas das coisas que vejo os novatos fazendo merecem respeito. São algumas das coisas mais incríveis e loucas que já vi qualquer amante do mar fazer. Em primeiro lugar, meu amor e respeito a todos os bodyboarders. Então, por que você acha que esse estigma existe e como ele surgiu?”, indagou Makua.

Jeff deixou o seu ponto de vista: “Acredito que o estigma surgiu no início dos anos 80, quando o bodyboard estava ganhando muita popularidade. Estava conquistando tanta tração ao redor do mundo que estava tirando um pouco da atenção do surfe”, acredita o havaiano.

“Por ser um veículo de fácil acesso para o oceano, a grande maioria das pessoas era meio desajeitada. Elas não conheciam a etiqueta do surfe; não sabiam onde ficar na fila; não sabiam o que era Aloha. Provavelmente estavam atrapalhando. Essas não eram os ‘bons’ bodyboarders do Havaí – eles sabiam exatamente o que estavam fazendo na água. Mas a maioria das pessoas saía e não sabia o que estava fazendo. Acredito que o estigma se originou a partir disso”, continuou o tricampeão mundial.

“A boa notícia, do ponto de vista dos bodyboarders, é que hoje em dia há muito menos pessoas fazendo isso. Hoje em dia, você vê muito mais surfistas inexperientes em pranchas de espuma arruinando as seções. É mais uma rivalidade entre surfistas do que costumava ser”, opinou Jeff Hubbard.

O assunto já foi debatido também em nosso canal AOS Mídia, em bate-papo com Uri Valadão, terceiro e último brasileiro a conquistar o título mundial da categoria masculina até hoje. Assim como Jeff, Uri acredita que o preconceito já foi mais forte no passado, e entende também que as redes sociais têm contribuído para que os surfistas respeitem os bodyboarders diante do que eles são capazes de fazer em condições extremas.

Veja também a opinião de Uri Valadão sobre o assunto:

*Não há uma tradução exata para a expressão “dick draggers”, mas é uma provocação pelo fato de os bodyboarders surfarem deitados.

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Bodyboard

Uri Valadão abre o jogo na Resenha do Papah

Campeão mundial Uri Valadão abre o jogo sobre o cenário atual do esporte e fala sobre o preconceito dos surfistas com os bodyboarders.

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Ader Oliveira e o campeão mundial de bodyboard Uri Valadão na Resenha do Papah. Foto: Reprodução

Ader Oliveira e o campeão mundial de bodyboard Uri Valadão na Resenha do Papah. Foto: Reprodução

Último brasileiro a conquistar o título mundial de bodyboarding, Uri Valadão é o primeiro convidado da Resenha do Papah, produzido pelo jornalista especializado em surf Ader Oliveira.

Além de levantar a taça de campeão do mundo em 2008, Uri possui marcas impressionantes com o pentacampeonato brasileiro, o tri latino-americano e o bi dos Jogos Pan-Americanos.

Além de competir, o campeão se dedica à sua loja de bodyboard, a UV Store, à sua escolinha Uri Valadão e também à família, abençoada com a chegada do pequeno Caian.

Em um bate-papo descontraído, o atleta baiano falou de assuntos como o atual cenário do bodyboarding no Brasil e no mundo, a ausência do esporte nas Olimpíadas, a soberania de Isabela Sousa e Neymara Carvalho no Feminino, o sucesso de Luna Hardman e outros atletas da nova geração, o preconceito do surf com o bodyboarding, dentre muitos outros.

Uri também não fugiu da raia quando perguntado sobre quem foi melhor: Mike Stewart ou Guilherme Tâmega!

Sobre o canal – O canal do jornalista Ader Oliveira tem mais de 2 mil inscritos no Youtube e possui diversos conteúdos ligados ao surf. Agora, o canal ganhou o quadro “Resenha do Papah”, uma alusão à forma como muitos surfistas chamam carinhosamente o jornalista.

Veja mais vídeos sobre Uri Valadão:

O maior rival de Uri Valadão

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Bombando

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