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Jack Robinson e Molly Picklum dominam Sunset Beach

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Molly Picklum e Jack Robinson vencem o Hurley Pro Sunset Beach no Havaí. Foto: WSL / Tony Heff

Molly Picklum e Jack Robinson vencem o Hurley Pro Sunset Beach no Havaí. Foto: WSL / Tony Heff

Só deu Austrália no Hurley Pro Sunset Beach, com Molly Picklum conquistando o bicampeonato contra a havaiana Bettylou Sakura Johnson e Jack Robinson batendo recordes na decisão com o japonês Kanoa Igarashi. Com as vitórias no último desafio do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) no Havaí, Molly assumiu a ponta do ranking e Jack passou a dividir o segundo lugar com Barron Mamiya, bem pertos do novo líder, John John Florence. O próximo confronto dos melhores surfistas do mundo será no MEO Rip Curl Pro Portugal, de 6 a 16 de março nas ondas de Supertubos, em Peniche.

“Nossa, que momento! Defender um título é muito difícil no nosso esporte, porque o oceano sempre muda a todo instante”, destacou Molly Picklum, que conseguiu sua segunda vitória consecutiva em Sunset Beach. “O mar hoje esteve em sintonia comigo e estou muito, muito feliz por isso. Cada evento o sentimento é diferente, então estou apenas aceitando o que realmente acontece e tentando encontrar pequenos momentos divertidos nisso tudo. Definitivamente, eu não estava tão confiante neste evento. Mas, sempre mantive a confiança e acho que esse é um dos meus pontos fortes”.

Depois da vitória da Molly Picklum nas ondas excelentes de 6-8 pés da quarta-feira em Sunset Beach, Jack Robinson confirmou a primeira dobradinha australiana no alto do pódio no CT 2024. A última tinha acontecido no Rip Curl Pro Bells Beach do ano passado, com Ethan Ewing e a Tyler Wright ganhando a final com a própria Molly na Austrália. Enquanto a decisão feminina valia a liderança no ranking para a vencedora, na masculina o campeão iria dividir a segunda posição com o havaiano Barron Mamiya, pois a lycra amarela já estava garantida por John John Florence.

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Jack Robinson passa a dividir o segundo lugar no ranking com Barron Mamiya. Foto: WSL / Brent Bielmann

“Esses últimos meses foram uma loucura para mim em casa. Meu filho nasceu antes de vir para cá, então é muita novidade e estou só tentando me adaptar a tudo”, disse Jack Robinson. “Eu estou muito feliz por hoje. Eu sei que não comecei bem em Pipe, mas não importa, porque eu só estava querendo aproveitar ao máximo e isso é o mais especial. Essa onda na final (9,87) foi muito legal e eu nunca tinha surfado dois tubos na mesma onda aqui. E fazer uma final com o Kanoa (Igarashi) foi muito legal. Nós crescemos juntos, já fazemos isso há muito tempo. É uma história legal e tem muito mais por vir ainda”.

O australiano Jack Robinson também decidiu o título da próxima etapa em Portugal em 2023, vencida pelo brasileiro João Chianca. Chumbinho não competiu no Havaí, mas segue em recuperação e a expectativa é de que ele possa reforçar a seleção brasileira da WSL no restante da temporada. Os dois foram semifinalistas em Sunset Beach no ano passado, com Chumbinho perdendo para o campeão Filipe Toledo e Jack Robinson para o norte-americano Griffin Colapinto. O australiano acabou com a chance do bicampeonato do Brasil, ao barrar Italo Ferreira nas quartas de final.

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John John Florence é o novo líder do ranking masculino. Foto: WSL / Brent Bielmann

Foi o primeiro show do campeão nas ondas excelentes da quarta-feira em Sunset Beach. O brasileiro fez a sua melhor apresentação no Havaí, abrindo a bateria com notas 7,50 e 8,10 do seu ataque poderoso de backside. Mas, o frontside do Jack Robinson também funcionou muito bem e ele registrou novos recordes no Hurley Pro Sunset Beach, 17,37 a 15,60 pontos, somando 7,60 com a nota 9,77 de um tubaço incrível que surfou em sua última onda.  O campeão mundial terminou em nono lugar e ficou em 13.o no ranking, sendo o brasileiro mais bem colocado nas duas etapas do Havaí.

Depois, Jack Robinson venceu o duelo australiano das semifinais com Ryan Callinan, por 16,10 a 13,10 pontos, com notas 8,00 e 8,10 nas duas últimas ondas que surfou, antes de dar outro espetáculo na decisão do título com Kanoa Igarashi. Era a segunda final do japonês no Hurley Pro Sunset Beach. A primeira foi na estreia desta etapa em 2022, quando ele perdeu para o havaiano Barron Mamiya. Kanoa passou pelo sul-africano Jordy Smith nas semifinais, que tinha surfado um tubão nota 9,33 para barrar o novo líder do ranking, John John Florence.

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Italo Ferreira fica em quinto lugar na competição. Foto: WSL / Brent Bielmann

Mas, ninguém foi mais espetacular do que Jack Robinson na quarta-feira. Os finalistas não tiveram muitas chances para surfar, porque as séries estavam mais espaçadas, mas o australiano estava impecável na escolha das ondas e já começou forte, com nota 8,17 na primeira que surfou. Kanoa respondeu com 7,33 e Jack se manteve à frente com 6,17. O melhor estava por vir ainda. Ele pegou uma morra de mais de 2 metros de altura, atacou com um rasgadão insano debaixo do lip, já entrando num tubão, saiu, pegou outro tubo e mandou mais uma rasgada pra finalizar.

Dois dos cinco juízes deram nota 10 para ele nessa onda e a média ficou em 9,87. Foi a maior do campeonato, superando o seu próprio 9,77 na quarta de final contra o Italo Ferreira. Com o 9,87, também aumentou o seu recorde de pontos no campeonato, de 17,37 contra o brasileiro, para 18,04. No Havaí, essas marcas só ficaram abaixo da nota 10 e dos 18,84 pontos do campeão em Pipeline, Barron Mamiya. Kanoa Igarashi ainda surfou bem uma onda que valeu 7,83, mas não impediu a festa de Jack Robinson pela vitória que fechou o Hurley Pro Sunset Beach com a melhor apresentação do campeonato.

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Jack faz a festa na areia. Foto: WSL / Tony Heff

“Eu cresci na Califórnia e o Havaí fica a apenas um voo de distância, então é um lugar onde sempre vinha treinar. Quando era mais jovem, eu tinha medo de vir, porque era assustador estar aqui no North Shore, surfando essas ondas grandes”, contou Kanoa Igarashi. “Ao longo dos anos, tentei dedicar o máximo de tempo que pude aqui e tenho uma equipe muito boa ao meu lado. Eu sabia que se quisesse ser um surfista top do tour, teria que conseguir bons resultados aqui. Então, estou muito feliz com meu início de ano e espero continuar assim”.

RECORDES FEMININOS – Assim como Jack Robinson, Molly Picklum também bateu todos os recordes do Hurley Pro Sunset Beach na quarta-feira decisiva no Havaí. A jovem havaiana Bettylou Sakura Johnson vinha se destacando e tinha feito as maiores marcas femininas, nota 9,17 num tubaço surfado na primeira fase e 15,50 pontos nas quartas de final que abriram o último dia. As duas já tinham sido as melhores nas ondas de Pipeline, com a australiana ganhando o primeiro 10 da temporada, batendo a nota 9,70 da Bettylou, que era a maior do Lexus Pipe Pro apresentado por YETI.

Em Sunset Beach, Molly Picklum voltou a brilhar na semifinal com a costa-ricense Brisa Hennessy. Ela começou com 7,77 na primeira onda, depois pegou uma enorme e atacou muito forte, com um batidão insano debaixo do lip, despencando com a massa d´água e se mantendo em cima da prancha de uma forma incrível. Um dos cinco juízes deu nota 10 e a média ficou 9,67. Talvez, tenha sido a maior já recebida por uma única manobra no CT feminino. Com essa nota, a australiana registrou um novo recorde de 17,44 nas duas primeiras etapas do Havaí, superando os 15,84 da campeã em Pipeline, Caitlin Simmers.

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Molly Picklum assume a liderança do Tour da WSL. Foto: WSL / Brent Bielmann

LIDERANÇA NA FINAL – Com a classificação para a final, Molly Picklum já tirava a liderança do ranking da norte-americana, mas a lycra amarela acabou sendo disputada na decisão do Hurley Pro Sunset Beach. Isso porque Bettylou Sakura Johnson derrotou a campeã mundial Caroline Marks na outra semifinal e poderia ficar em primeiro lugar no ranking, se vencesse o campeonato. Era a primeira final da carreira da jovem surfista de apenas 18 anos de idade, enquanto a australiana de 21 anos decidia uma etapa do CT pela quinta vez, a segunda seguida no Havaí e em Sunset Beach também.

Bettylou Sakura Johnson tinha ao seu lado toda a torcida havaiana que encheu a praia na quarta-feira e começou melhor, com nota 7,17, contra 6,50 da Molly Picklum. Infelizmente, não entraram muitas ondas boas na bateria, mas a australiana conseguiu somar um 5,33 na liderança. A havaiana ficou com a prioridade de escolher a próxima onda, mas o tempo foi passando, ela ficou mais de 15 minutos esperando por uma série que não apareceu. A bateria chegou ao fim e Bettylou Sakura Johnson acabou somando uma nota 1,50, com Molly Picklum festejando o bicampeonato consecutivo no Hurley Pro Sunset Beach por 11,83 a 8,67 pontos.

“Esses últimos dias foram inacreditáveis e tivemos muita sorte de competir em boas ondas”, disse Bettylou Sakura Johnson. “Me sinto realmente abençoada por estar em casa, com meu treinador me apoiando e com a confiança que precisava para me sair bem neste evento. Eu e a Molly (Picklum) conversamos sobre isso 2 anos atrás e agora estamos aqui juntas, então estou muito feliz por fazer parte disso. Espero continuar evoluindo neste novo patamar para o surfe feminino nos próximos anos”.

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Molly arranca 9.67 dos juízes em sua melhor onda. Foto: WSL / Tony Heff

SELEÇÃO BRASILEIRA – O início da temporada 2024 no Havaí, não foi bom para a seleção brasileira. Primeiro foi o desfalque do João Chianca, o Chumbinho, que precisou ficar em casa em Saquarema, se recuperando do acidente sofrido em Pipeline no ano passado e não competiu nas duas primeiras etapas. Depois, Filipe Toledo pediu uma licença médica do CT, para cuidar da saúde mental. Na primeira etapa em Pipeline, apenas Yago Dora passou pela terceira fase e perdeu nas oitavas de final.

Em Sunset Beach, Italo Ferreira e Miguel Pupo chegaram nas oitavas de final, mas só o campeão mundial e olímpico se classificou para o último dia. Foi a primeira vez que o Brasil chegou nas quartas de final masculinas e apenas Italo, Miguel e Yago, estão entre os 22 primeiros do ranking. Só quem estiver neste grupo, será mantido na elite no corte do meio da temporada, que vai acontecer na quinta etapa, na Austrália. Pela primeira vez em muitos anos, nenhum brasileiro aparece entre os top-10 do ranking após as duas primeiras etapas.

Já o time feminino começou bem em Pipeline, com Tatiana Weston-Webb e Luana Silva ficando em quinto lugar, só perdendo nas quartas de final. Em Sunset Beach, ambas pararam nas oitavas de final e terminaram na nona colocação. Com estes resultados, as duas dividem a sétima posição no ranking com a australiana Isabella Nichols, ou seja, estão na lista das top-10 que escaparão do corte, já garantindo as vagas para o restante da temporada e para a elite do CT em 2025. Tatiana já venceu a etapa de Portugal em 2022 e também a de Margaret River em 2021, onde acontecerá o corte.

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Italo Ferreira, em 13º lugar, é o melhor brasileiro no ranking masculino. Foto: WSL / Tony Heff

RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO HURLEY PRO SUNSET BEACH:
Campeão: Jack Robinson (AUS) por 18,04 pts (9,87+8,17) – US$ 80.000 e 10.000 pontos
2.o lugar: Kanoa Igarashi (JPN) com 15,16 pts (7,83+7,33) – US$ 50.000 e 7.800 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 32.000 e 6.085 pontos:
1.a: Kanoa Igarashi (JPN) 14,83 x 12,50 Jordy Smith (AFR)
2.a: Jack Robinson (AUS) 16,10 x 13,10 Ryan Callinan (AUS)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 21.500 e 4.745 pontos:
1.a: Kanoa Igarashi (JPN) 14,67 x 10,90 Seth Moniz (HAV)
2.a: Jordy Smith (AFR) 15,16 x 14,26 John John Florence (HAV)
3.a: Ryan Callinan (AUS) 16,00 x 12,10 Liam O´Brien (AUS)
4.a: Jack Robinson (AUS) 17,37 x 15,60 Italo Ferreira (BRA)

DECISÃO DO TÍTULO FEMININO:
Campeã:  Molly Picklum (AUS) por 11,83 pts (6,50+5,33) – US$ 80.000 e 10.000 pontos
2.o lugar: Bettylou Sakura Johnson (HAV) com 8,67 pts (7,17+1,50) – US$ 50.000 e 7.800 pts

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 32.000 e 6.085 pontos:
1.a: Molly Picklum (AUS) 17,44 x 9,07 Brisa Hennessy (CRC)
2.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) 12,66 x 10,40 Caroline Marks (EUA)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 21.500 e 4.745 pontos:
1.a: Molly Picklum (AUS) 11,16 x 7,60 Lakey Peterson (EUA)
2.a: Brisa Hennessy (CRC) 11,67 x 2,00 Caitlin Simmers (EUA)
3.a: Caroline Marks (EUA) 8,57 x 7,67 Johanne Defay (FRA)
4.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) 15,50 x 10,66 Isabella Nichols (AUS)

RANKINGS DA WORLD SURF LEAGUE – após as 2 etapas do Havaí:

TOP-10 DO RANKING MASCULINO:
1.o: John John Florence (HAV) – 12.545 pontos
2.o: Jack Robinson (AUS) – 11.330
2.o: Barron Mamiya (HAV) – 11.330
4.o: Jordy Smith (AFR) – 10.830
5.o: Connor O´Leary (JPN) – 9.405
6.o: Kanoa Igarashi (JPN) – 9.130
7.o: Ethan Ewing (AUS) – 8.065
7.o: Liam O´Brien (AUS) – 8.065
9.o: Ryan Callinan (AUS) – 7.415
9.o: Ian Gentil (HAV) – 7.415
——-posições dos brasileiros
13.o: Italo Ferreira (RN) – 6.075 pontos
17.o: Yago Dora (SC) – 4.650
17.o: Miguel Pupo (SP) – 4.650
26.o: Gabriel Medina (SP) – 2.660
26.o: Samuel Pupo (SP) – 2.660
26.o: Deivid Silva (SP) – 2.660
32.o: Caio Ibelli (SP) – 1.595
34.o: João Chianca (RJ) – 530
35.o: Filipe Toledo (SP) – 265

TOP-10 DO RANKING FEMININO:
1.a: Molly Picklum (AUS) – 17.800 pontos
2.a: Caitlin Simmers (EUA) – 14.745
3.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 13.885
4.a: Brisa Hennessy (CRC) – 12.170
5.a: Caroline Marks (EUA) – 10.830
6.a: Johanne Defay (FRA) – 9.490
7.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) – 7.355
7.a: Isabella Nichols (AUS) – 7.355
7.a: Luana Silva (BRA) – 7.355
10.a: Lakey Peterson (EUA) – 5.790

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As possíveis baterias do surfe em Paris 2024

Canal AOS Mídia simula relação de baterias dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com base na lista de classificados e prováveis convidados.

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Gabriel Medina, Teahupoo, Tahiti. Foto: WSL / Poullenot

Com a vitória no ISA Games, Gabriel Medina será o cabeça de chave número 1 nos Jogos de Paris 2024. Foto: WSL / Poullenot

Não é oficial (é bom já deixar claro!). Com base no nosso feeling e na lista de atletas já classificados para Paris 2024, fizemos a relação de possíveis baterias dos Jogos em Teahupoo

Só para reforçar: como já informamos, o seeding será de acordo com a posição de cada atleta no ISA Games em Porto Rico

Como Gabriel Medina venceu a categoria masculina e Tati Weston-Webb foi a melhor elegível no Feminino (a campeã não está elegível), eles devem ser os cabeças de chave número 1 em Paris

Tatiana Weston-Webb, Teahupoo, Tahiti. Foto: WSL / Poullenot

Tatiana Weston-Webb será a cabeça de chave número 1 na categoria feminina, a menos que Sally Fitzgibbons substitua alguma atleta nas Olimpíadas. Foto: WSL / Poullenot

Imaginamos que o Japão indique Connor O´Leary para a vaga adicional masculina e que as vagas de universalidade fiquem com Bryan Perez, de El Salvador, e Candelaria Resano, da Nicarágua

Importante: em caso de alguma ausência ou de alguma nomeação diferente dessas que esperamos, as baterias podem sofrer muitas mudanças!

Agora, vamos à relação de confrontos e deixe seu comentário!

Masculino

1 Joan Duru (Fra), Jack Robinson (Aus) e Matthew McGillivray (Afr)
2 Kauli Vaast (Fra), Lucca Mesinas (Per) e Griffin Colapinto (EUA)
3 Ramai Boukhiam (Mar), Billy Stairmand (NZL) e João Chianca (Bra)
4 Gabriel Medina (Bra), Connor O´Leary (Jap) e Bryan Perez (ESA)
5 Alonso Correa (Per), Filipe Toledo (Bra) e Kanoa Igarashi (Jap)
6 Andy Criere (Esp), John John Florence (EUA) e Alan Cleland (Mex)
7 Rio Waida (Ind), Leo Fioravanti (Ita) e Reo Inaba (Jap)
8 Ethan Ewing (Aus), Tim Elter (Ale) e Jordy Smith (Afr)

Feminino

1 Sol Aguirre (Per), Janice Gonzalez-Etxabarri (Esp) e Vahine Fierro (Fra)
2 Nadia Erostarbe (Esp), Siqi Yang (Chi) e Candelaria Resano (Nic)
3 Johanne Defay (Fra), Molly Picklum (Aus) e Saffi Vette (NZL)
4 Tatiana Weston-Webb (Bra), Brisa Hennessy (CRI) e Caitlin Simmers (EUA)
5 Anat Lelior (Isr), Santa Olin (Can) e Luana Silva (Bra)
6 Tainá Hinckel (Bra), Camilla Kemp (Ale) e Tyler Wright (Aus)
7 Carissa Moore (EUA), Teresa Bonvalot (Por) e Sarah Baum (Afr)
8 Caroline Marks (EUA), Yolanda Sequeira (Por) e Shino Matsuda (Jap)

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Gabriel Medina conquista vaga nas Olimpíadas de Paris

Gabriel Medina vence o ISA Games em Porto Rico de forma espetacular e garante vaga olímpica ‘aos 45 do segundo do tempo’.

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Gabriel Medina conquista vaga olímpica aos ’45 do segundo tempo’, com vitória emocionante no ISA Games em Porto Rico. Foto: ISA / Jersson_Barboza.

Milhares de espectadores se alinharam à beira-mar de Arecibo para assistir a Gabriel Medina (BRA) e Sally Fitzgibbons (AUS) conquistarem a vitória nos Jogos Mundiais de Surfe (WSG) da ISA em 2024. As ondas de 4 a 6 pés atingindo a bancada de Rastrial proporcionaram um cenário emocionante para o dia das finais, que envolvia campeonatos mundiais por equipe, vagas olímpicas nacionais e medalhas de ouro individuais.

Ao longo de uma semana longa com condições variadas, nada impediu o imparável Gabriel Medina (BRA), tricampeão da WSL e campeão mundial júnior da ISA em 2010, que não cometeu um único erro durante todo o evento, vencendo convincentemente todas as baterias em que competiu. Sua vitória, junto com uma medalha de prata da campeã defensora Tatiana Weston-Webb (BRA), contribuiu para um triunfo triplo do Brasil, que levou para casa o campeonato mundial por equipes, bem como as duas vagas olímpicas individuais disponíveis para as equipes mais bem classificadas por gênero. O Brasil terá agora a maior equipe de surfistas nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, com três homens e três mulheres.

Sally Fitzgibbons (AUS) ampliou ainda mais seu próprio recorde como a surfista mais vitoriosa na história da ISA, conquistando sua quinta medalha de ouro sem precedentes (quatro nos Jogos Mundiais de Surfe da ISA e uma no Mundial Júnior da ISA). Mantendo-se na rodada principal até o dia das finais, a surfista de 33 anos caiu na repescagem na última etapa antes da grande final, surfando três baterias no dia, antes de atingir o ápice quando mais importava, destacando ainda mais seu nome nos livros de história e entregando à Austrália uma medalha de bronze por equipes no processo.

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Equipe brasilera leva título por equipes e fica com as duas vagas adicionais em jogo. Foto: Pablo Jimenez

O imparável Gabriel Medina (BRA) conquista sua primeira medalha de ouro nos Jogos Mundiais de Surfe e garante vaga olímpica para o Brasil

Com Yago Dora (BRA) sendo eliminado na primeira bateria do dia, Gabriel Medina (BRA) precisava de circunstâncias muito específicas para que o Brasil garantisse a vaga olímpica. Na final, isso se tornou ainda mais definitivo; ele precisava vencer, e Ramzi Boukhiam (MAR) precisava ficar em segundo. Qualquer outro cenário e a França ganharia a vaga.

As incríveis performances ao longo da semana dos companheiros de equipe franceses Joan Duru (FRA) e Kauli Vaast (FRA) levaram ambos à final, transformando-a em uma batalha entre surfistas “goofyfoot”. Medina não perdeu tempo em abrir a bateria com um enorme air reverse, finalizado com um ataque à seção final para uma nota de 9.00.

Vaast se manteve ocupado, embora só conseguisse encontrar notas intermediárias. Enquanto isso, Boukhiam utilizou seu surfe poderoso, registrando um 8.17, apoiado por um 7.17 para assumir a liderança na metade da bateria. A cinco minutos do fim, Medina havia conquistado uma apertada liderança, mas Vaast estava encontrando pontuações maiores, ameaçando Boukhiam em segundo lugar. No momento em que o cronômetro soou, no entanto, Medina aumentou sua pontuação total para conquistar a medalha de ouro.

Boukhiam permaneceu em segundo lugar, levando a medalha de prata, Vaast ficou logo atrás, em terceiro, para levar o bronze, Duru em quarto com o cobre, e a tempestade perfeita para o Brasil foi completa. Medina adiciona a medalha de ouro dos Jogos Mundiais de Surfe à medalha de ouro do Mundial Júnior da ISA que conquistou em 2010, aos 16 anos.

“Da maneira como aconteceu, fiquei muito emocionado”, disse Medina. “Porque no meio da bateria, eu estava pensando, talvez eu precise de outra nota, porque o Ramzi pegou duas ondas boas, e eu estava esperando por uma surpresa, sabe, uma surpresa de Deus, porque eu pensava que não tinha como o Kauli ou o Joan não ficarem em segundo. Mas eu estava tipo ‘não importa, eu tenho fé, Deus está guiando, então vamos lá, vamos nos divertir’. Então eu tentei me divertir na bateria, não me preocupar com os outros. Eu sabia da minha luta, não havia nada que eu pudesse fazer além de surfar.”

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Sally Fitzgibbons conquista sua quarta medalha de ouro no ISA Games. Foto: ISA / Pablo Franco.

Quarta medalha de ouro nos Jogos Mundiais de Surfe para Sally Fitzgibbons (AUS) a coloca em uma categoria própria

As quatro finalistas da categoria feminina tiveram a oportunidade de conquistar uma vaga olímpica para suas nações, embora seus cenários fossem muito mais complicados do que os dos homens. A campeã defensora, Tatiana Weston-Webb (BRA), a medalhista duas vezes, Johanne Defay (FRA), a atleta recentemente classificada para Paris 2024 Nadia Erostarbe (ESP) e a surfista mais vitoriosa na história da ISA, Sally Fitzgibbons (AUS), deram tudo de si, sabendo o que estava em jogo para elas e suas nações.

A intérprete mais consistente da semana, Defay, abriu com uma nota de 6.00, mantendo uma vantagem inicial, mas logo foi ultrapassada por um 6.77 de Weston-Webb, com uma forte combinação de duas manobras, antes de Fitzgibbons conquistar um 6.83 com sua surfagem dinâmica. Um segundo 6.00 de Defay a manteve na liderança, com Fitzgibbons e Weston-Webb inicialmente incapazes de complementar suas notas. Conforme a bateria avançava, Fitzgibbons encontrava um 6.27 para consolidar a liderança e conquistar sua inédita quarta medalha de ouro nos Jogos Mundiais de Surfe.

“Estou incrédula”, disse Fitzgibbons, também a medalhista de ouro do Mundial Júnior da ISA em 2007. “Esse tipo de onda me desafiou durante toda a semana, e eu sabia que precisava continuar me colocando no jogo e apenas tentar passar por todas aquelas baterias e chegar à final. Eu realmente tentei relaxar na minha surfada e procurar algumas dessas seções maiores porque são as mais divertidas, e uma surfada cheia de estilo iria ganhar essa final.”

Com Erostarbe incapaz de encontrar uma pontuação significativa, os resultados de Weston-Webb e Defay determinariam o vencedor do ranking feminino por equipe. Se Defay ficasse em primeiro lugar, a França levaria, se Weston-Webb ficasse em segundo ou terceiro, o Brasil levaria.

Fitzgibbons fez tudo ao seu alcance para conquistar a vaga para sua nação, mas no final estava fora de suas mãos, já que Weston-Webb conquistou a medalha de prata, entregando a vaga ao Brasil.

Defay ficou com a medalha de bronze, Erostarbe com o cobre. Weston-Webb estava radiante por completar o quadro e entregar ao Brasil um total de seis vagas olímpicas.

“Era nosso objetivo vir aqui e conquistar essas duas vagas, e conseguimos”, disse Weston-Webb. “A equipe esteve muito focada durante toda a semana, sempre nos apoiando, e é isso que o Brasil representa.”

O esforço de Fitzgibbons para garantir a vaga adicional para a Austrália, aproximando-os o máximo possível, foi um momento agridoce e orgulhoso.

“Dentro da minha história, tive muitos desses momentos de quase lá”, disse Fitzgibbons. “Eu tento realmente observar o que está acontecendo e fazer tudo o que posso. Ganhar essa medalha de ouro para o meu país, esse momento é agora, e isso é tudo o que eu poderia fazer no meu controle. Eu aprendi a lidar com essas situações e realmente ver a beleza nelas. Há decepção ali, mas do outro lado, eu simplesmente não poderia estar mais animada, e é nisso que me concentro.”

O Presidente da ISA, Fernando Aguerre, disse: “Que dia, semana e campeonato incríveis. Nunca esqueceremos Porto Rico, nunca esqueceremos estes melhores Jogos Mundiais de Surfe de todos os tempos. Voltamos para casa como embaixadores de Porto Rico. Nossa esperança é voltar. Parabéns a todos os atletas, a todas as delegações. Nos vemos em julho em Teahupo’o para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.”

Resultados

Ranking por Equipes

Ouro – Brasil
Prata- França
Bronze – Austrália
Cobre – Espanha

Feminino

Ouro – Sally Fitzgibbons (AUS)
Prata – Tatiana Weston-Webb (BRA)
Bronze – Johanne Defay (FRA)
Cobre – Nadia Erostarbe (ESP)

Masculino

Ouro – Gabriel Medina (BRA)
Prata- Ramzi Boukhiam (MAR)
Bronze – Kauli Vaast (FRA)
Cobre – Joan Duru (FRA)

Nações com vagas olímpicas adicionais

2024 WSG

Feminino – Brasil
Masculino – Brasil

2022 WSG

Feminino – Estados Unidos
Masculino – Japão

Atletas classificados para Paris 2024 pelo ISA Games em Porto Rico

Feminino

Anat Lelior (ISR)
Camilla Kemp (ALE)
Janire Gonzalez-Extabarri (ESP)
Nadia Erostarbe (ESP)
Siqi Yang (CHN)
Sol Aguirre (PER)
Tainá Hinckel (BRA)
Yolanda Sequeira (POR)

Masculino

Alonso Correa (PER)
Andy Criere (ESP)
Joan Duru (FRA)
Ramzi Boukhiam (MAR)
Rio Waida (IND)
Tim Elter (ALE)

Atletas que já estavam classificados

Feminino

Classificadas pelo ISA Games 2023

Saffi Vette (NZL)
Sarah Baum (AFR)
Shino Matsuda (JAP)
Vahine Fierro (FRA)

Classificadas pelo Championship Tour 2023

Feminino

Brisa Hennessy (CRC)
Carissa Moore (EUA)
Caroline Marks (EUA)
Johanne Defay (FRA)
Molly Picklum (AUS)
Tatiana Weston-Webb (BRA)
Teresa Bonvalot (POR)
Tyler Wright (AUS)

Masculino

Classificados pelo ISA Games 2023

Alan Cleland Jr (MEX)
Billy Stairmand (NZL)
Kauli Vaast (FRA)
Reo Inaba (JAP)

Classificadas pelo Championship Tour 2023

Ethan Ewing (AUS)
Filipe Toledo (BRA)
Griffin Colapinto (EUA)
Jack Robinson (AUS)
João Chianca (BRA)
John John Florence (EUA)
Jordy Smith (AFR)
Matthew McGillivray (AFR)
Kanoa Igarashi (JAP)
Leonardo Fioravanti (ITA)

 

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Surfe brasileiro busca últimas vagas nas Olimpíadas de Paris

Gabriel Medina, Yago Dora, Luana Silva e Tainá Hinckel disputam ISA Games em Porto Rico em busca de vagas nas Olimpíadas.

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Gabriel Medina busca a classificação para as Olimpíadas de Paris 2024 através do ISA Games em Porto Rico. Foto: ISA

Gabriel Medina busca a classificação para as Olimpíadas de Paris 2024 através do ISA Games em Porto Rico. Foto: ISA

Chegou a hora da briga pelas últimas vagas do surfe nas Olimpíadas de Paris 2024. O ISA Games começa neste sábado, em Arecibo, Porto Rico, e a equipe brasileira já tem suas primeiras baterias definidas na prova.

O tradicional desfile das nações aconteceu na tarde desta sexta-feira (23). As d
isputas de surfe começam no sábado, a partir das 8:30h (Brasília), em dois picos diferentes. Os homens competem em Margara e as mulheres em El Pico.

A equipe brasileira terá Filipe Toledo, Gabriel Medina e Yago Dora na categoria masculina; Tati Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel na feminina.

Filipe e Tati já estão classificados para as Olimpíadas em Teahupoo, assim como João Chianca. O Brasil briga por mais uma vaga na categoria masculina e por duas na feminina.

Para obter a terceira vaga entre os homens, o time brasileiro precisa ter a maior pontuação do gênero somando os resultados de Filipe, Medina e Yago. Em caso de êxito, a vaga ficará com Medina ou Yago (quem ficar na frente no ISA Games).

Já no Feminino, Luana e Tainá buscam a classificação para as Olimpíadas e até podem ir juntas com Tati. Elas precisam lutar por uma das oito vagas disponíveis para as mulheres em Porto Rico. As duas só poderão ir juntas para Teahupoo se o Brasil for o melhor país no ranking por equipes do gênero feminino, o que abriria uma vaga adicional para o País.

Caso as duas fiquem entre as primeiras colocadas em Porto Rico e o Brasil não seja a melhor equipe campeã, irá para Teahupoo quem terminar na frente no ISA Games.


Programação dos brasileiros no primeiro dia do ISA Games 2024 (horários de Brasília)

11:10h Gabriel Medina, Juan Carlos Ramos (ESA), Jose Lopex (VEN), Luke Prosa (BAH)
12:10h Tati Weston-Webb, Mia Calderon (PRI), Tiara vd Huls (HOL)
13:50h Yago Dora, Bryan Perez (ESA), Marco Giorgi (URU), Joey Gale (BAH)
15:10h Tainá Hinckel, Havanna Cabrero (PRI), Mirna Boelsma (HOL)
16:10h Luana Silva, Jolaris Carreras (PRI), Zoie Zietz (HOL)
16:30h Filipe Toledo, Manuel Selman (CHI), Keoni Lasa (VEN), Greyson Grant (SUE)

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