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Mundo do Surf

A desafiadora onda do Mar da Calha

Free surfer Nic Von Rupp apresenta episódio produzido nas raras e desafiadoras ondas do Mar da Calha, na foz do rio Tejo, em Portugal.

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Considerado uma das ondas mais complexas e desafiadoras da região de Lisboa, em Portugal, o Mar da Calha foi cenário de um novo episódio produzido pelo free surfer Nic Von Rupp para a série Von Froth.

Ao lado de nomes como o local casca-grossa Ivo Santos e do multicampeão europeu de bodyboarding Hugo Pinheiro, Nic se divertiu nas direitas que quebram no Farol do Bugio, na foz do rio Tejo.

É muito raro o Mar da Calha funcionar. Às vezes, o local chega a ficar um ano sem dar ondas. E quando funciona, é preciso estar lá com a ondulação, maré e ventos ideais.

As ondas quebram em lugares diferentes pela bancada, o que dificulta também a posição do surfista no lineup e até mesmo dos fotógrafos e videomakers que tentaram registrar a ação no outside.

Em 2015, a produtora Dinis e Gustavo lançou um documentário sobre o pico, reunindo surfistas como Hugo Pinheiro, Vasco Ribeiro, Tiago Pires, Frederico Morais, Francisco Alves, Pedro Boonman, Daniel Fonseca e Lourenço Katzentestein. Clique aqui para assistir.

“Esta onda é importante para mim porque faz parte da cultura da minha terra. É uma onda que é surfada por pouca gente, mas que tem muita história. Há muita coisa da história da Costa de Caparica que se passou aqui. É daqui também que muita gente da Costa tira o seu alimento, o seu ganha pão. É um lugar mítico, até pelo que já se passou aqui, desde naufrágios à antiga Lisboa-Praia. É um lugar especial, por onde o meu avô e bisavô passaram. Hoje em dia, sou eu que estou aqui”, contou Hugo Pinheiro ao site da Red Bull.

Veja mais vídeos de surf produzidos pela costa de Portugal clicando aqui.

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Competições

A despedida de Andy Irons em Porto Rico

Ader Oliveira relembra a emoção de estar presente na etapa do Mundial em Porto Rico, quando o surfe perdeu Andy Irons.

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No mês em que completamos 14 anos sem Andy Irons, o surfe mundial ainda sente a ausência de uma de suas figuras mais icônicas. No dia 2 de novembro de 2010, Irons foi encontrado sem vida em um quarto de hotel, em Dallas, enquanto voltava de uma etapa do circuito em Porto Rico. Sua morte marcou profundamente o esporte e permanece como um dos momentos mais trágicos e inesquecíveis na história do surfe.

No Let’s Surf Podcast, o jornalista Ader Oliveira compartilhou suas lembranças desse evento marcante. Ader estava presente em Porto Rico cobrindo a etapa do Mundial e descreveu a emoção e o impacto de estar lá no dia em que o mundo perdeu Andy. Ele relembra os bastidores da cobertura e o clima de choque e tristeza que tomou conta de todos no evento, um momento em que as ondas pareciam perder a força e o brilho.

Andy Irons, tricampeão mundial, era uma lenda viva, conhecido não só pelo seu talento incomparável nas ondas, mas também por sua intensidade e personalidade. Seus duelos com Kelly Slater entraram para a história e ajudaram a redefinir o nível competitivo do surfe profissional. Em Porto Rico, enquanto se disputava uma etapa decisiva do campeonato, a ausência de Andy ecoou fortemente entre seus amigos, colegas e fãs.

Ader Oliveira destacou no podcast a comoção que tomou conta de todos os presentes e o vazio palpável que ficou no ar. Para ele, a perda de Irons foi um choque pessoal e profissional: “Estar ali naquele momento foi como presenciar o fim de uma era, o adeus a alguém que representava a essência do surfe e a luta de ser humano,” acrescenta Ader.

A despedida de Andy Irons foi um momento de reflexão para o surfe e também uma oportunidade de trazer à tona discussões importantes sobre saúde mental, já que Andy enfrentava batalhas internas longe das competições. Sua partida precoce revelou ao mundo uma nova perspectiva sobre a vida de um atleta de alto nível, trazendo um legado que transcende o esporte.

O Let’s Surf Podcast reviveu essa memória, questionando os fãs sobre o que mais os marcou em Andy Irons, uma lenda que permanece viva nas lembranças, inspirando surfistas e admiradores a viver o surfe com paixão e autenticidade.

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Califórnia

WSL define campeões mundiais de 2024

John John Florence e Caitlin Simmers são campeões da WSL em 2024: Italo Ferreira e Tati Weston-Webb honram o Brasil em Trestles (EUA).

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John John Florence e Caitlin Simmers, WSL Finals 2024, Trestles, Califórnia (EUA). Foto: Divulgação WSL

John John Florence e Caitlin Simmers são campeões da WSL em 2024. Foto: WSL / Thiago Diz.

Os campeões mundiais de 2024 da World Surf League (WSL) foram definidos nas disputas emocionantes realizadas em Trestles, Califórnia. O havaiano John John Florence conquistou seu terceiro título mundial masculino, enquanto a californiana Caitlin Simmers levou o primeiro título mundial de sua carreira no surfe feminino. Ambos mostraram habilidade impressionante e consistência durante toda a temporada, e o desempenho dos brasileiros Italo Ferreira e Tatiana Weston-Webb também foi digno de destaque, mostrando a força do Brasil no esporte.

Na decisão do título masculino, John John Florence reafirmou sua supremacia, superando o brasileiro Italo Ferreira em duas baterias emocionantes. Na primeira decisão, Florence venceu por 15,50 a 15,33, e na segunda, a vitória foi mais sólida, com Florence registrando 18,13 contra 16,30 de Italo. Italo Ferreira, que já havia sido campeão mundial em 2019, fez uma campanha de alto nível e chegou à final com desempenho consistente, derrotando grandes nomes como Griffin Colapinto e Jack Robinson. Apesar de não conquistar o tricampeonato, Italo se manteve entre os melhores, provando sua força nas ondas de Trestles. A vitória de Florence solidifica ainda mais seu legado, colocando-o entre os maiores campeões da história da WSL, ao lado de nomes como Kelly Slater e Andy Irons.

Italo Ferreira, WSL Finals 2024, Trestles, Califórnia (EUA). Foto: Divulgação WSL

Italo Ferreira chega embalado à decisão, mas fica com o vice-campeonato. Foto: WSL / Pat Nolan.

No lado feminino, a californiana Caitlin Simmers teve uma performance impecável nas decisões, derrotando Caroline Marks nas três baterias decisivas. Simmers venceu a última por 18,37 a 14,17, conquistando seu primeiro título mundial, e se firmou como uma das grandes promessas do surfe feminino. A disputa pela terceira colocação foi acirrada, com a brasileira Tatiana Weston-Webb chegando forte e enfrentando Caroline Marks. No final, Tatiana, embora não tenha avançado para a final, garantiu o terceiro lugar, ao derrotar Brisa Hennessy e Molly Picklum em baterias decisivas. Sua consistência ao longo da temporada foi notável, consolidando seu nome entre as melhores do mundo.

O Circuito Mundial de Surfe da WSL em 2024 revelou não apenas os campeões, mas também as promessas que continuam a surgir. John John Florence, agora tricampeão mundial, entrou para um seleto grupo de surfistas com três títulos, como Kelly Slater e Gabriel Medina. Já Caitlin Simmers, com apenas 18 anos, se junta ao time de campeãs com grande destaque. Italo Ferreira e Tatiana Weston-Webb demonstraram o nível de excelência do surfe brasileiro, e são nomes que certamente continuarão a brilhar nas próximas temporadas do Circuito Mundial.

Tatiana Weston-Webb, WSL Finals 2024, Trestles, Califórnia (EUA). Foto: Divulgação WSL

Tati Weston-Webb também faz bonito em Trestles e termina a temporada em terceiro lugar. Foto: WSL / Pat Nolan.

DECISÃO DO TÍTULO MUNDIAL MASCULINO:
Tricampeão mundial por 2 x 0: John John Florence (HAV)
2.a decisão: John John Florence (HAV) 18,13 x 16,30 Italo Ferreira (BRA)
1.a decisão: John John Florence (HAV) 15,50 x 15,33 Italo Ferreira (BRA)

3.a: Italo Ferreira (BRA) 14,47 x 14,33 Griffin Colapinto (EUA) em 3.o lugar
2.a: Italo Ferreira (BRA) 14,57 x 9,94 Jack Robinson (AUS) ficou em 4.o lugar
1.a: Italo Ferreira (BRA) 15,47 x 14,83 Ethan Ewing (AUS) ficou em 5.o lugar

DECISÃO DO TÍTULO MUNDIAL FEMININO
Campeã mundial por 2 x 1: Caitlin Simmers (EUA)
3.a decisão: Caitlin Simmers (EUA) 15,16 x 7,17 Caroline Marks (EUA)
2.a decisão: Caitlin Simmers (EUA) 18,37 x 14,17 Caroline Marks (EUA)
1.a decisão: Caroline Marks (EUA) 17,43 x 16,87 Caitlin Simmers (EUA)

3.a: Caroline Marks (EUA) 14,20 x 13,83 Tatiana Weston-Webb (BRA) em 3.o lugar
2.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 13,77 x 13,17 Brisa Hennessy (CRC) em 4.o lugar
1.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 12,74 x 9,40 Molly Picklum (AUS) em 5.o lugar

7 SURFISTAS QUE GANHARAM 3 TÍTULOS MUNDIAIS:
11 – Kelly Slater (EUA) em 1992/94/95/96/97/98/2005/06/08/10/11
4 – Mark Richards (AUS) em 1979/80/81/82
3 – Tom Curren (EUA) em 1985/86/90
3 – Andy Irons (HAV) em 2002/03/04
3 – Mick Fanning (AUS) em 2007/09/13
3 – Gabriel Medina (BRA) em 2014/18/21
3 – John John Florence (HAV) em 2016/17/24

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Competições

O formato do surf nos Jogos Olímpicos de Paris

Entenda a janela de espera e o formato das disputas do surf nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, no pico de Teahupoo.

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Teahupoo, Tahiti, Polinésia Francesa, palco das disputas de surf nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foto: Pablo Jimenez / ISA
Teahupoo, Tahiti, Polinésia Francesa. Foto: Pablo Jimenez / ISA

Teahupoo, no Tahiti, recebem as disputas de surf nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foto: Pablo Jimenez / ISA

A International Surfing Association (ISA) oficializou o formato das disputas de surf nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, que acontecem em Teahupoo, Tahiti. A janela de espera irá de 27 de julho a 5 de agosto de 2024, sendo necessários quatro dias desse período para a conclusão do evento.

Antes da abertura da janela, serão disponibilizados seis dias de treinamento para os atletas terem uso exclusivo do local (21 a 26 de julho de 2024).

O formato do surf olímpico dará a cada surfista a chance de surfar duas vezes. Os vencedores do Round 1 avançam para o Round 3, com os surfistas em 2º e 3º lugares indo para a Rodada 2 de eliminação.

Do Round 2 em diante, as baterias são um contra um, com os vencedores avançando e o 2º colocado eliminado. Quem chegar às semifinais terá a chance de brigar pelo ouro na decisão ou de lutar pelo bronze em caso de derrota.

O Seeding na Rodada 1 foi baseado principalmente no resultado individual do surfista no ISA World Surfing Games 2024.

As Rodadas 2 e 3 terão uma nova elaboração do seeding com base nos resultados dos surfistas na rodada anterior combinados com seu seed original.

A partir das quartas de final, as rodadas não terão mais “reseeding” e os atletas avançarão dentro de sua chave para a próxima rodada.

Nas semifinais, o 2º colocado avançará para a disputa da Medalha de Bronze, e o 1º colocado avançará para a disputa da Medalha de Ouro.

Masculino

1 Ethan Ewing (Aus), Tim Elter (Ale) e Jordy Smith (Afr)
2 Joan Duru (Fra), Jack Robinson (Aus) e Matthew McGillivray (Afr)
3 Alonso Correa (Per), Filipe Toledo (Bra) e Kanoa Igarashi (Jap)
4 Gabriel Medina (Bra), Connor O´Leary (Jap) e Bryan Perez (ESA)
5 Ramzi Boukhiam (Mar), Billy Stairmand (NZL) e João Chianca (Bra)
6 Andy Criere (Esp), John John Florence (EUA) e Alan Cleland (Mex)

7 Kauli Vaast (Fra), Lucca Mesinas (Per) e Griffin Colapinto (EUA)
8 Rio Waida (Ind), Leo Fioravanti (Ita) e Reo Inaba (Jap)

Feminino

1 Caroline Marks (EUA), Yolanda Sequeira (Por) e Sarah Baum (Afr)
2 Sol Aguirre (Per), Janire Gonzalez-Etxabarri (Esp) e Vahine Fierro (Fra)
3 Anat Lelior (Isr), Sanoa Olin (Can) e Tyler Wright (Aus)
4 Tatiana Weston-Webb (Bra), Molly Picklum (Aus) e Caitlin Simmers (EUA)
5 Johanne Defay (Fra), Brisa Hennessy (CRI) e Candelaria Resano (Nic)
6 Tainá Hinckel (Bra), Camilla Kemp (Ale) e Luana Silva (Bra)
7 Nadia Erostarbe (Esp), Siqi Yang (Chi) e Safi Vette (NZL)
8 Carissa Moore (EUA), Teresa Bonvalot (Por) e Shino Matsuda (Jap)

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Bombando

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