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Franklin Serpa vence evento em piscina de ondas na Suíça

Franklin Serpa é o campeão do Red Bull Pool Clash na piscina de ondas de Alaia Bay, em Sion, Suíça.

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Franklin Serpa, Alaia Bay, Sion, Suíça, Piscina de Ondas, Valais, Reb Bull Pool Clash Contest 2023. Foto: © Marc Weiler / Red Bull Content Pool

Franklin Serpa vence o Red Bull Pool Clash Contest em Alaia Bay, Suíça. Foto: © Marc Weiler / Red Bull Content Pool

O baiano Franklin Serpa foi o campeão do Red Bull Pool Clash na piscina de ondas de Alaïa Bay, em Sion, Suíça. A competição foi disputada nos últimos dias 23 e 24 de setembro e teve também no topo do pódio a atleta Rachel Bonhote-Mead, vencedora da categoria feminina.

Com um formato inovador e divertido, o evento reuniu grandes nomes do surf internacional como embaixadores e juízes um cenário fantástico. Prestigiaram a prova os atletas olímpicos Leo Fioravanti e Teresa Bonvalot, além do esquiador freestyle Fabian Boesch, o kitesurfista Massimiliano Piffaretti e o ex-Top da elite mundial Tiago Pires.

Muito experiente, Franklin Serpa mostrou o seu alto nível de surf para comandar as ações na categoria masculina. Na decisão da prova, Serpa derrotou Jao Errera. “Estou muito feliz por chegar ao pódio”, comemorou o atleta de 34 anos, que está passando uma temporada em Nyon, Suíça. “O lugar do Alaia Bay é incrível, no meio de um vale, e foi espetacular a energia… A cada onda que terminava, olhava para a minha esposa e sua barriga linda”, falou o campeão, que recentemente revelou que vai ser pai.

A terceira posição foi dividida entre Gaspard Eyraud e Michael Zaug.

Franklin Serpa, Alaia Bay, Sion, Suíça, Piscina de Ondas, Valais, Reb Bull Pool Clash Contest 2023. Foto: © Marc Weiler / Red Bull Content Pool

Finalistas da competição posam com convidados especiais como Teresa Bonvalot e Leo Fioravanti. Foto: © Marc Weiler / Red Bull Content Pool

Franklin Serpa já havia disputado a final de uma edição do Red Bull Pool Clash, em 2022, na praia da Grama, em Itupeva (SP). Na ocasião, o baiano foi o vice-campeão, perdendo para o paulista Marcos Corrêa na final.

No Feminino, Rachel Bonhote-Mead subiu ao topo do pódio depois de superar Mathilda Colelough. “Foi muito cansativo no final. Mas tive uma grande adversária na final e nos demos muito bem. A localização não poderia ser melhor para mim, pois moro a apenas 35 minutos daqui”, diz Rachel, 40 anos e mãe de dois filhos.

As semifinalistas da categoria foram Alicia Martinet e Alena Gubler.

A fase de qualificação aconteceu no sábado, com free surf, seguida pela primeira rodada – a jam session de qualificação, na qual 60 participantes masculinos e 18 femininas lutaram pela qualificação. Os melhores participantes se classificaram para a segunda rodada, onde permaneceram apenas os 30 primeiros.

O domingo foi dedicado às rodadas finais, com quartas de final, semifinais e finais, nas quais os surfistas lutaram em confronto direto pela vitória.

Houve também uma apresentação de Leo Fioravanti e Teresa Bonvalot no Air Section Show, onde realizaram manobras aéreas espetaculares. Os dois atletas surpreenderam os atletas durante os treinamentos e passaram algumas dicas valiosas.

Rachel Bonhote-Mead , Alaia Bay, Sion, Suíça, Piscina de Ondas, Valais, Reb Bull Pool Clash Contest 2023. Foto: © Marc Weiler / Red Bull Content Pool

Rachel Bonhote-Mead leva a melhor na categoria feminina. Foto: © Marc Weiler / Red Bull Content Pool

Resultados do Red Bull Pool Clash na Suíça

Masculino

1 Franklin Serpa
2
Jao Errera
3
Gaspard Eyraud e Michael Zaug

Feminino

1 Rachel Bonhote-Mead
2 Mathilda Colelough
3
Alicia Martinet e Alena Gubler

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Competições

Os títulos na WSL e as medalhas olímpicas do surf brasileiro

Surf brasileiro em destaque: títulos mundiais, medalhas olímpicas e vitórias no Pro Junior consolidam o país como potência no esporte.

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Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira estão na badalada lista de campeões mundiais de surf. Foto: WSL / Thiago Diz

O surf brasileiro se consolidou como uma potência mundial, com campeões em diversas modalidades, medalhas olímpicas e vitórias nas categorias de base, como o Pro Junior. Neste artigo, revisamos as principais conquistas dos surfistas brasileiros, destacando os títulos no Circuito Mundial, as medalhas olímpicas e os triunfos no Pro Junior.

Títulos brasileiros no Circuito Mundial de Surf

Gabriel Medina

  • 2014: Gabriel Medina fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial de surf. Medina derrotou o australiano Mick Fanning na última etapa do circuito, em Pipeline, no Havaí, para garantir seu título.
  • 2018: Medina se consagrou bicampeão mundial, após uma temporada de grande consistência e vitórias em algumas das etapas mais disputadas do circuito.
  • 2021: Gabriel Medina conquistou seu terceiro título mundial, tornando-se o primeiro brasileiro a alcançar a marca de três títulos mundiais. Sua vitória em 2021 foi marcada por performances de grande nível, reafirmando sua posição como um dos maiores surfistas da história.

Adriano de Souza (Mineirinho)

  • 2015: Adriano de Souza, o Mineirinho, foi o segundo brasileiro a conquistar o título mundial. Sua vitória em 2015, com a conquista de etapas como a de Pipeline, foi histórica, consolidando-o entre os maiores nomes do surfe.

Italo Ferreira

  • 2019: Italo Ferreira conquistou o título mundial em 2019, tornando-se o terceiro brasileiro a ser campeão mundial. A taça foi conquistada em uma final épica com Gabriel Medina em Pipeline, Havaí.

Filipe Toledo

  • 2022: Filipe Toledo se destacou em 2022 e conquistou o título mundial, com uma temporada impressionante e consistência nas etapas.
  • 2023: Filipe Toledo se consagrou bicampeão mundial em 2023, após uma temporada excepcional que incluiu vitórias marcantes e um desempenho dominante no circuito.

Phil Rajzman (Longboard)

  • 2007: Phil Rajzman foi campeão mundial de longboard pela primeira vez em 2007, conquistando um título de destaque na história do longboard brasileiro.
  • 2016: Rajzman conquistou seu segundo título mundial de longboard em 2016, confirmando sua posição de destaque no esporte.

Carlos Burle (Big Wave Tour)

  • 2009: Carlos Burle se consagrou campeão do Big Wave Tour, o circuito mundial de ondas grandes, em 2009. Sua habilidade nas ondas gigantes foi destacada, consolidando-o como um dos maiores especialistas em ondas grandes do mundo.

Medalha de ouro de Italo Ferreira em 2021

Italo Ferreira fez história ao conquistar a medalha de ouro no surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o que fez dele o primeiro campeão olímpico de surfe na história dos Jogos. Sua vitória foi um marco não apenas para sua carreira, mas também para o surfe brasileiro, que viu seu nome se consolidar no cenário global. Italo superou adversários de peso e mostrou um surfe criativo e de alta performance, garantindo o lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas. Esse feito não só trouxe reconhecimento mundial ao atleta como também foi um símbolo do crescimento e da importância do surfe no Brasil e no mundo.

Medalhas olímpicas do surf brasileiro em Paris 2024

  • Tatiana Weston-Webb: A surfista brasileira conquistou a medalha de prata no surfe nas Olimpíadas de Paris 2024, consolidando-se como uma das melhores do mundo. Sua performance impecável nas ondas de Teahupoo foi decisiva para garantir o lugar no pódio, sendo a primeira brasileira a alcançar uma medalha olímpica no surfe feminino.
  • Gabriel Medina: Gabriel Medina alcançou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024, reafirmando seu talento e domínio nas ondas. Sua participação foi um marco para o surfe brasileiro, com Medina sendo o primeiro surfista masculino a conquistar múltiplas medalhas olímpicas.

Títulos do surf brasileiro no Pro Junior da ASP e WSL

A categoria Pro Junior da ASP (atualmente WSL) tem sido um importante campo de desenvolvimento para o surf de base no Brasil, com jovens surfistas se destacando em competições internacionais.

Campeões Pro Junior

  • 2000: Pedro Henrique
  • 2003: Adriano de Souza
  • 2004 e 2007: Pablo Paulino
  • 2011: Caio Ibelli
  • 2013: Gabriel Medina
  • 2015: Lucas Silveira
  • 2018: Mateus Herdy
  • 2019: Lucas Vicente

O futuro do surf brasileiro

O Brasil continua a ser um berço de grandes talentos, com novas gerações de surfistas se destacando nos circuitos internacionais e em categorias de base como o Pro Junior. A presença forte do Brasil nas Olimpíadas, com medalhas e vitórias, além da consistência no Circuito Mundial, projeta o país para o futuro do surf. Com mais jovens surfistas como João Chianca, Samuel Pupo e outros nomes em ascensão, o Brasil segue sendo uma referência global no surf.

Além disso, a combinação de títulos mundiais, medalhas olímpicas e vitórias em categorias de base é um reflexo do trabalho árduo, da técnica refinada e da paixão dos atletas. O futuro do esporte no Brasil está cada vez mais promissor, com mais conquistas à vista nos próximos anos.

Em resumo, o Brasil continua a ser um líder no surfe global, com mais conquistas e momentos históricos a caminho. O legado dos campeões brasileiros no Circuito Mundial e nas Olimpíadas serve como inspiração para todos os apaixonados pelo esporte e garante que o surfe continuará a brilhar no cenário internacional.

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Notícias

A história do surf: das origens polinésias ao cenário global

A história do surf: da tradição havaiana à expansão global, o esporte que conquistou o mundo e sua cultura única.

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Representação artística do surfe em sua forma original no Havaí, onde a prática era mais que um esporte, mas parte da cultura e espiritualidade local. - Imagem: Surfing For Life

Representação artística do surf em sua forma original no Havaí, onde a prática era mais que um esporte, mas parte da cultura e espiritualidade local. Imagem: Surfing For Life / A história do surf.

O surf é um dos esportes mais antigos e icônicos do mundo, com uma história rica que remonta a séculos atrás. Ele surgiu nas ilhas da Polinésia, onde era uma prática cultural e espiritual. Relatos indicam que o surfe era central na vida dos povos polinésios muito antes da chegada dos europeus. Na antiga sociedade havaiana, o esporte era conhecido como “he’e nalu”, que significa “deslizar sobre as ondas”.

No Havaí, o surf era mais do que um passatempo: era uma arte profundamente ligada à cultura, espiritualidade e hierarquia social. Reis e chefes tribais utilizavam pranchas maiores e pesadas, feitas de madeira de árvores nobres, enquanto as pessoas comuns usavam pranchas menores. As ondas que os surfistas escolhiam também refletiam sua posição na sociedade.

Duke Kahanamoku, o "Pai do Surfe Moderno", revolucionou o esporte ao levar o surfe do Havaí para o mundo, tornando-se ícone global e símbolo da cultura havaiana.

Duke Kahanamoku, o “Pai do Surf Moderno”, revolucionou o esporte ao levar o surfe do Havaí para o mundo, tornando-se ícone global e símbolo da cultura havaiana.

Com a chegada dos missionários europeus no século XIX, o surf quase desapareceu devido à repressão cultural e à imposição de novos valores religiosos. No entanto, ele sobreviveu em algumas comunidades e começou a renascer no início do século XX, impulsionado por figuras como Duke Kahanamoku, um havaiano que se destacou como nadador olímpico e embaixador do surfe. Duke levou o esporte para fora do Havaí, apresentando-o em lugares como Califórnia e Austrália, ajudando a popularizá-lo globalmente.

Durante os anos 1950 e 1960, o surf passou por uma explosão cultural, especialmente na Califórnia, onde se tornou sinônimo de um estilo de vida descontraído. Foi nessa época que as pranchas começaram a ser feitas de novos materiais, como fibra de vidro e espuma, tornando-as mais leves e acessíveis.

Hoje, o surf é um esporte global, com milhões de praticantes e competições profissionais organizadas pela World Surf League (WSL). Em 2021, o surf fez sua estreia como esporte olímpico nos Jogos de Tóquio, marcando um novo capítulo em sua história. O que começou como uma prática espiritual nas águas do Pacífico tornou-se um fenômeno mundial, mantendo sua essência de conexão com o mar e a natureza.

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Competições

Adriano de Souza: a inspiradora trajetória do campeão mundial

Adriano de Souza: a trajetória inspiradora do campeão mundial de 2015.

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Adriano de Souza, Piscina de ondas da Praia da Grama, em Itupeva (SP), Wavegarden, World Surf League, QS, Circuito Banco do Brasil de Surfe, Fazenda da Grama, Wave Pool. Foto: WSL / Daniel Smorigo

Adriano de Souza, conhecido como “Mineirinho”, é um dos grandes ícones do surfe brasileiro e mundial. Nascido em 13 de fevereiro de 1987, no Guarujá, litoral de São Paulo, Adriano teve uma infância humilde e encontrou no surfe um caminho para transformar sua vida. Aos oito anos, começou a surfar com uma prancha usada, comprada por seu irmão mais velho, e logo se destacou pela determinação e paixão pelo esporte.

Em 2004, Adriano alcançou um marco significativo em sua carreira ao vencer o Mundial Pro Junior da ASP, realizado na Austrália. Esse título, uma das mais importantes competições para jovens surfistas, foi um divisor de águas e catapultou sua carreira internacional. No mesmo ano, ele também se tornou o competidor mais jovem a vencer o circuito brasileiro profissional.

Seu ingresso na elite do surfe mundial, o Championship Tour (CT), aconteceu em 2006. Ao longo dos anos, Adriano ganhou notoriedade pela sua consistência e pelo espírito de luta que o diferenciavam no circuito. Ele acumulou sete vitórias em etapas do CT, com destaques para os títulos em Pipeline (Havaí) em 2015, Bells Beach (Austrália) em 2013 e Rio de Janeiro (2011).

O ponto mais alto de sua carreira veio em 2015, quando Adriano se tornou campeão mundial de surfe, sendo o segundo brasileiro a conquistar esse feito, após Gabriel Medina (2014). Ele selou o título ao vencer a lendária etapa de Pipeline, no Havaí, um dos maiores desafios do esporte. Essa vitória não só representou o auge de sua trajetória, como também consolidou o “Brazilian Storm” — a geração de surfistas brasileiros que dominou o cenário internacional.

Adriano também é reconhecido por seu papel como mentor e inspiração para jovens surfistas. Após 15 anos competindo na elite do surfe, ele anunciou sua aposentadoria em 2021, deixando um legado de determinação, superação e paixão pelo esporte. Seu título no Mundial Pro Junior e sua consagração como campeão mundial no CT são marcos de uma carreira que inspira gerações.

As posições de Adriano de Souza no ranking do Circuito Mundial (Championship Tour – CT) ao longo dos anos:

  • 2021: 22º, Melhor resultado: 9º (Narrabeen, Austrália)
  • 2019: 18º, Melhor resultado: 9º (Bali, Indonésia e Hossegor, França)
  • 2018: 13º, Melhor resultado: 2º (Bali, Indonésia)
  • 2017: 5º, Melhor resultado: 1º (Saquarema, Brasil)
  • 2016: 11º, Melhor resultado: 3º (Gold Coast, Austrália e Trestles, EUA)
  • 2015: 1º, Melhor resultado: 1º (Margaret River, Austrália e Pipeline, Havaí)
  • 2014: 8º, Melhor resultado: 1º (Rio de Janeiro, Brasil)
  • 2013: 13º, Melhor resultado: 1º (Bells Beach, Austrália)
  • 2012: 5º, Melhor resultado: 1º (Rio de Janeiro, Brasil)
  • 2011: 5º, Melhor resultado: 1º (Rio de Janeiro, Brasil e Peniche, Portugal)
  • 2010: 13º, Melhor resultado: 2º (Peniche, Portugal)
  • 2009: 5º, Melhor resultado: 1º (Mundaka, Espanha)
  • 2008: 10º, Melhor resultado: 3º (Trestles, EUA)
  • 2007: 20º, Melhor resultado: 9º (Trestles, EUA)
  • 2006: 18º, Melhor resultado: 9º (Bells Beach, Austrália e J-Bay, África do Sul)

Veja também:

Gabriel Medina: um fenômeno no surfe mundial

Filipe Toledo: a jornada de um campeão global

Italo Ferreira: uma carreira brilhante no surfe mundial

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