Samuel Pupo garante a vaga no Tour da WSL pelo ranking do Challenger Series. Foto: WSL / Thiago Diz
A sexta-feira de altas ondas na Praia de Itaúna, terminou em festa brasileira com Samuel Pupo confirmando sua vaga na elite do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) pelo ranking do Challenger Series. Ele ganhou o confronto direto com o americano Kade Matson, na bateria que fechou as oitavas de final do Corona Saquarema Pro apresentado por Banco do Brasil. Agora, restam definir apenas três nomes pelo Challenger Series e Michael Rodrigues garante sua classificação, se passar pelo havaiano Eli Hanneman nas quartas de final. Elas podem ser iniciadas às 7h30 do sábado no Maracanã do Surf da Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
“Eu já esperava uma bateria muito boa, porque o Kade (Matson) é um cara que surfa muito forte e a bateria foi perfeita para mim”, disse Samuel Pupo. “Eu fiz tudo o que eu queria, consegui escolher as ondas boas e só tenho que agradecer meu pai, minha mãe, minha família, minha namorada, por todo o apoio deles e é isso, estamos de volta né. Para mim, esse ano foi muito melhor do que no ano passado em questão de surfe. Achei que melhorei bastante, mas a gente sempre tem o que melhorar ainda mais e é isso que venho buscando, a evolução. Venho treinando muito nessa condição, o resultado de hoje mostrou toda a dedicação e quero aproveitar para mandar um beijo pro meu pai (Wagner Pupo), que foi para Portugal, mas não pôde vir para cá”.
Kade Matson perde para Samuel e fica na dependência de outros resultados. Foto: WSL / Daniel Smorigo
Todas as baterias das oitavas de final na sexta-feira de condições desafiadoras do mar na Praia de Itaúna, com ondas passando dos 2 metros de altura, foram emocionantes. Algumas decisivas para quem estava na briga pelas últimas vagas para o CT 2024. A do Samuel Pupo com Kade Matson, foi a única que era um confronto direto, com o vencedor confirmando seu nome no grupo dos 10 indicados pelo Challenger Series. Com a vitória, Samuel Pupo subiu do décimo para o sétimo lugar no ranking e deixou Kade Matson e o brasileiro Deivid Silva ameaçados de saírem da lista no último dia em Saquarema.
O norte-americano até começou melhor, com nota 7,00 contra 5,00 do brasileiro. Mas, Samuca assumiu a ponta com seu ataque de backside numa esquerda enorme, que abriu a parede para fazer quatro manobras que valeram 8,33. Depois, não deu nada certo para Kade Matson, que chegou até a quebrar seu equipamento e teve que trocar de prancha. Já Samuel Pupo pegou outra morra e arriscou tudo num ataque explosivo na junção, sumindo na espuma e reaparecendo em pé na prancha. Os juízes deram nota 8,70, que registrou um novo recorde de 17,03 pontos para o Corona Saquarema Pro 2023.
Miguel e a mãe Jeane Pupo vibram com a classificação de Samuca. Foto: WSL / Thiago Diz
FAMÍLIA PUPO – A mãe dele e o irmão, Miguel Pupo, vibraram bastante junto com seus grandes amigos, João Chianca e Mateus Herdy, além de toda a torcida brasileira na Praia de Itaúna, que comprovou mais uma vez por que é conhecida como o Maracanã do Surf no Brasil. Com a classificação do Samuca, os irmãos Pupo vão iniciar mais um ano juntos no grupo dos melhores surfistas do mundo. Em 2023, ambos saíram no corte da elite no meio da temporada, mas Miguel recebeu o convite da WSL para o CT 2024, por ter sofrido uma lesão em Portugal, que o impediu de competir nas duas etapas da Austrália.
“Graças a Deus, deu tudo certo e mérito total para ele (Samuel Pupo) né”, disse Miguel Pupo. “A gente sabia que tinha uma vantagem do circuito finalizar em Saquarema, que é um lugar muito bom pra ele, então isso deu um pouco de tranquilidade. Eu falei pra ele que não teria outro caminho hoje, senão o de surfar o melhor possível. As primeiras baterias dele foram nervosas, muito táticas, com pouco surfe e falei que agora era a hora de surfar, porque se desse o 100%, isso refletiria na nota e veio aí o maior somatório do evento”.
Michael Rodrigues está a uma bateria da classificação para o Tour. Foto: WSL / Daniel Smorigo
SEGUE NA BRIGA – Quem também se classificou para as quartas de final do Corona Saquarema Pro apresentado por Banco do Brasil e segue na briga por uma vaga no CT, é o cearense Michael Rodrigues. Assim como Samuel Pupo, ele saiu da elite no corte do meio da temporada e agora só depende dele mesmo para confirmar seu retorno. Para isso, precisa passar pelo havaiano Eli Hanneman, que derrotou Miguel Pupo na sexta-feira, depois do Michael ganhar o duelo brasileiro com o jovem Heitor Mueller.
“Foi muito difícil, especialmente com um monstro desse, que é o Heitor (Mueller), representando muito bem a nova geração”, disse Michael Rodrigues. “É incrível competir com essa nova geração, mas a gente acaba aprendendo com eles, então estou amarradão de ter passado a bateria. Foi mais um passo bem dado e vamos a procura do gol mesmo, que é classificar para o CT. Dessa vez, não quero só classificar, mas fazer a final aqui em Saquarema, pra poder finalizar o ano do melhor jeito. Mas, não está nada nas minhas mãos. Eu acredito em Deus, está tudo nas mãos Dele e estou aqui só seguindo os seus planos”.
Eli Hanneman derrota Miguel Pupo e encara Michael Rodrigues nas quartas. Foto: WSL / Daniel Smorigo
CHALLENGER 2024 – O catarinense Heitor Mueller e o argentino Nacho Gundesen foram as grandes surpresas do Corona Saquarema Pro apresentado por Banco do Brasil esse ano. Ambos foram convidados para participar do evento, para substituir surfistas do Challenger Series que não vieram ao Brasil. Nacho foi barrado pelo havaiano Imaikalani deVault e Heitor por Michael Rodrigues. Os dois tentam vaga no Challenger Series do ano que vem, pelo ranking regional da WSL South America e Heitor está mais bem colocado, em quarto lugar na classificação que garante os sete melhores.
“Eu vim para cá na última hora, quase na véspera de começar o campeonato, mas estou muito feliz com a minha performance aqui”, disse Heitor Mueller. “O mar realmente está muito difícil, aumentou bastante de ontem para hoje, mas estou feliz por ter mostrado meu surfe, feito algumas manobras fortes e é isso aí. Se Deus quiser, no ano que vem estarei no Challenger Series e é treinar pra caramba, cada vez mais, para me classificar pro CS nestas três últimas etapas que teremos aqui no Brasil”.
Mihimana Braye supera Mateus Herdy e frustra torcida brasileira em Saquarema. Foto: WSL / Daniel Smorigo
ÚLTIMAS VAGAS – Quem já está garantido no Challenger Series 2024 é outro catarinense, Mateus Herdy, por ter ficado no grupo do 11.o ao 20.o colocado no ranking deste ano. Ele teve a chance de confirmar sua vaga no CT 2024 na sexta-feira, porque o australiano Jackson Baker tinha sido eliminado na bateria anterior, que abriu as oitavas de final. Mas, Mateus Herdy só conseguiu surfar três ondas e também foi barrado pelo taitiano Mihimana Braye, por 11,33 a 10,00 pontos.
Agora restam duas vagas para definir no ranking masculino e uma no feminino. A vitória do Samuel Pupo o levou da décima para a sétima posição, deixando o americano Kade Matson na oitava e o brasileiro Deivid Silva também ameaçado na décima colocação. Os dois podem sair do G-10 se Michael Rodrigues chegar nas semifinais e o francês Marco Mignot na grande final do Corona Saquarema Pro apresentado por Banco do Brasil.
Marco Mignot precisa chegar à final para conseguir a vaga. Foto: WSL / Thiago Diz
QUARTAS DE FINAL DO CORONA SAQUAREMA PRO:
CATEGORIA MASCULINA – 5.o lugar com US$ 3.500 e 4.745 pontos:
1.a: Shion Crawford (HAV) x Mihimana Braye (TAH)
2.a: Crosby Colapinto (EUA) x Imaikalani deVault (HAV)
3.a: Eli Hanneman (HAV) x Michael Rodrigues (BRA)
4.a: Samuel Pupo (BRA) x Marco Mignot (FRA)
CATEGORIA FEMININA – 5.o lugar com US$ 3.500 e 4.745 pontos:
1.a: Francisca Veselko (POR) x Kirra Pinkerton (EUA)
2.a: Alyssa Spencer (EUA) x Sophie McCulloch (AUS)
3.a: India Robinson (AUS) x Nadia Erostarbe (ESP)
4.a: Sawyer Lindblad (EUA) x Erin Brooks (CAN)
RESULTADOS DA SEXTA-FEIRA NO CORONA SAQUAREMA PRO:
OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 2.500 e 3.320 pontos:
1.a: Shion Crawford (HAV) 11,83 x 10,50 Jackson Baker (AUS)
2.a: Mihimana Braye (TAH) 11,33 x 10,00 Mateus Herdy (BRA)
3.a: Crosby Colapinto (EUA) 15,93 x 12,03 Luke Thompson (AFR)
4.a: Imaikalani deVault (HAV) 11,17 x 1,60 Nacho Gundesen (ARG)
5.a: Michael Rodrigues (BRA) 9,73 x 9,07 Heitor Mueller (BRA)
6.a: Eli Hanneman (HAV) 12,00 x 8,87 Miguel Pupo (BRA)
7.a: Marco Mignot (FRA) 12,23 x 10,17 Frederico Morais (POR)
8.a: Samuel Pupo (BRA) 17,03 x 7,77 Kade Matson (EUA)
O surf brasileiro se consolidou como uma potência mundial, com campeões em diversas modalidades, medalhas olímpicas e vitórias nas categorias de base, como o Pro Junior. Neste artigo, revisamos as principais conquistas dos surfistas brasileiros, destacando os títulos no Circuito Mundial, as medalhas olímpicas e os triunfos no Pro Junior.
Títulos brasileiros no Circuito Mundial de Surf
Gabriel Medina
2014: Gabriel Medina fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial de surf. Medina derrotou o australiano Mick Fanning na última etapa do circuito, em Pipeline, no Havaí, para garantir seu título.
2018: Medina se consagrou bicampeão mundial, após uma temporada de grande consistência e vitórias em algumas das etapas mais disputadas do circuito.
2021: Gabriel Medina conquistou seu terceiro título mundial, tornando-se o primeiro brasileiro a alcançar a marca de três títulos mundiais. Sua vitória em 2021 foi marcada por performances de grande nível, reafirmando sua posição como um dos maiores surfistas da história.
Adriano de Souza (Mineirinho)
2015: Adriano de Souza, o Mineirinho, foi o segundo brasileiro a conquistar o título mundial. Sua vitória em 2015, com a conquista de etapas como a de Pipeline, foi histórica, consolidando-o entre os maiores nomes do surfe.
Italo Ferreira
2019: Italo Ferreira conquistou o título mundial em 2019, tornando-se o terceiro brasileiro a ser campeão mundial. A taça foi conquistada em uma final épica com Gabriel Medina em Pipeline, Havaí.
Filipe Toledo
2022: Filipe Toledo se destacou em 2022 e conquistou o título mundial, com uma temporada impressionante e consistência nas etapas.
2023: Filipe Toledo se consagrou bicampeão mundial em 2023, após uma temporada excepcional que incluiu vitórias marcantes e um desempenho dominante no circuito.
Phil Rajzman (Longboard)
2007: Phil Rajzman foi campeão mundial de longboard pela primeira vez em 2007, conquistando um título de destaque na história do longboard brasileiro.
2016: Rajzman conquistou seu segundo título mundial de longboard em 2016, confirmando sua posição de destaque no esporte.
Carlos Burle (Big Wave Tour)
2009: Carlos Burle se consagrou campeão do Big Wave Tour, o circuito mundial de ondas grandes, em 2009. Sua habilidade nas ondas gigantes foi destacada, consolidando-o como um dos maiores especialistas em ondas grandes do mundo.
Medalha de ouro de Italo Ferreira em 2021
Italo Ferreira fez história ao conquistar a medalha de ouro no surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o que fez dele o primeiro campeão olímpico de surfe na história dos Jogos. Sua vitória foi um marco não apenas para sua carreira, mas também para o surfe brasileiro, que viu seu nome se consolidar no cenário global. Italo superou adversários de peso e mostrou um surfe criativo e de alta performance, garantindo o lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas. Esse feito não só trouxe reconhecimento mundial ao atleta como também foi um símbolo do crescimento e da importância do surfe no Brasil e no mundo.
Medalhas olímpicas do surf brasileiro em Paris 2024
Tatiana Weston-Webb: A surfista brasileira conquistou a medalha de prata no surfe nas Olimpíadas de Paris 2024, consolidando-se como uma das melhores do mundo. Sua performance impecável nas ondas de Teahupoo foi decisiva para garantir o lugar no pódio, sendo a primeira brasileira a alcançar uma medalha olímpica no surfe feminino.
Gabriel Medina: Gabriel Medina alcançou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024, reafirmando seu talento e domínio nas ondas. Sua participação foi um marco para o surfe brasileiro, com Medina sendo o primeiro surfista masculino a conquistar múltiplas medalhas olímpicas.
Títulos do surf brasileiro no Pro Junior da ASP e WSL
A categoria Pro Junior da ASP (atualmente WSL) tem sido um importante campo de desenvolvimento para o surf de base no Brasil, com jovens surfistas se destacando em competições internacionais.
Campeões Pro Junior
2000: Pedro Henrique
2003: Adriano de Souza
2004 e 2007: Pablo Paulino
2011: Caio Ibelli
2013: Gabriel Medina
2015: Lucas Silveira
2018: Mateus Herdy
2019: Lucas Vicente
O futuro do surf brasileiro
O Brasil continua a ser um berço de grandes talentos, com novas gerações de surfistas se destacando nos circuitos internacionais e em categorias de base como o Pro Junior. A presença forte do Brasil nas Olimpíadas, com medalhas e vitórias, além da consistência no Circuito Mundial, projeta o país para o futuro do surf. Com mais jovens surfistas como João Chianca, Samuel Pupo e outros nomes em ascensão, o Brasil segue sendo uma referência global no surf.
Além disso, a combinação de títulos mundiais, medalhas olímpicas e vitórias em categorias de base é um reflexo do trabalho árduo, da técnica refinada e da paixão dos atletas. O futuro do esporte no Brasil está cada vez mais promissor, com mais conquistas à vista nos próximos anos.
Em resumo, o Brasil continua a ser um líder no surfe global, com mais conquistas e momentos históricos a caminho. O legado dos campeões brasileiros no Circuito Mundial e nas Olimpíadas serve como inspiração para todos os apaixonados pelo esporte e garante que o surfe continuará a brilhar no cenário internacional.
Adriano de Souza, conhecido como “Mineirinho”, é um dos grandes ícones do surfe brasileiro e mundial. Nascido em 13 de fevereiro de 1987, no Guarujá, litoral de São Paulo, Adriano teve uma infância humilde e encontrou no surfe um caminho para transformar sua vida. Aos oito anos, começou a surfar com uma prancha usada, comprada por seu irmão mais velho, e logo se destacou pela determinação e paixão pelo esporte.
Em 2004, Adriano alcançou um marco significativo em sua carreira ao vencer o Mundial Pro Junior da ASP, realizado na Austrália. Esse título, uma das mais importantes competições para jovens surfistas, foi um divisor de águas e catapultou sua carreira internacional. No mesmo ano, ele também se tornou o competidor mais jovem a vencer o circuito brasileiro profissional.
Seu ingresso na elite do surfe mundial, o Championship Tour (CT), aconteceu em 2006. Ao longo dos anos, Adriano ganhou notoriedade pela sua consistência e pelo espírito de luta que o diferenciavam no circuito. Ele acumulou sete vitórias em etapas do CT, com destaques para os títulos em Pipeline (Havaí) em 2015, Bells Beach (Austrália) em 2013 e Rio de Janeiro (2011).
O ponto mais alto de sua carreira veio em 2015, quando Adriano se tornou campeão mundial de surfe, sendo o segundo brasileiro a conquistar esse feito, após Gabriel Medina (2014). Ele selou o título ao vencer a lendária etapa de Pipeline, no Havaí, um dos maiores desafios do esporte. Essa vitória não só representou o auge de sua trajetória, como também consolidou o “Brazilian Storm” — a geração de surfistas brasileiros que dominou o cenário internacional.
Adriano também é reconhecido por seu papel como mentor e inspiração para jovens surfistas. Após 15 anos competindo na elite do surfe, ele anunciou sua aposentadoria em 2021, deixando um legado de determinação, superação e paixão pelo esporte. Seu título no Mundial Pro Junior e sua consagração como campeão mundial no CT são marcos de uma carreira que inspira gerações.
As posições de Adriano de Souza no ranking do Circuito Mundial (Championship Tour – CT) ao longo dos anos:
2021: 22º, Melhor resultado: 9º (Narrabeen, Austrália)
2019: 18º, Melhor resultado: 9º (Bali, Indonésia e Hossegor, França)
2018: 13º, Melhor resultado: 2º (Bali, Indonésia)
2017: 5º, Melhor resultado: 1º (Saquarema, Brasil)
2016: 11º, Melhor resultado: 3º (Gold Coast, Austrália e Trestles, EUA)
2015: 1º, Melhor resultado: 1º (Margaret River, Austrália e Pipeline, Havaí)
2014: 8º, Melhor resultado: 1º (Rio de Janeiro, Brasil)
2013: 13º, Melhor resultado: 1º (Bells Beach, Austrália)
2012: 5º, Melhor resultado: 1º (Rio de Janeiro, Brasil)
2011: 5º, Melhor resultado: 1º (Rio de Janeiro, Brasil e Peniche, Portugal)
2010: 13º, Melhor resultado: 2º (Peniche, Portugal)
2009: 5º, Melhor resultado: 1º (Mundaka, Espanha)
2008: 10º, Melhor resultado: 3º (Trestles, EUA)
2007: 20º, Melhor resultado: 9º (Trestles, EUA)
2006: 18º, Melhor resultado: 9º (Bells Beach, Austrália e J-Bay, África do Sul)
A International Surfing Association (ISA) tem sido um palco importante para o surfe global, e o Brasil tem se destacado de maneira marcante em diversas modalidades e categorias. Ao longo dos anos, surfistas brasileiros conquistaram títulos em competições como o ISA World Surfing Games, o ISA World Junior Surfing Championship, o ISA World Masters Surfing Championship, o ISA World SUP and Paddleboard Championship, e muitos outros. A seguir, destacamos os principais campeões brasileiros na história da ISA.
Gabriel Medina: o colecionador de títulos
Gabriel Medina, um dos maiores surfistas da história do Brasil e do mundo, tem um legado significativo na ISA. Medina conquistou o ISA World Surfing Games em 2024, demonstrando sua habilidade excepcional ao vencer a competição de Open Men. Sua trajetória também inclui conquistas importantes no ISA World Junior Surfing Championship, como seu título em 2010, e contribuições valiosas para o sucesso da seleção brasileira em várias edições do evento.
Italo Ferreira: o ícone olímpico e mundial
Italo Ferreira, campeão olímpico de surfe em 2020, também tem um histórico impressionante em competições da ISA. Em 2019, ele conquistou o ISA World Surfing Games, vencendo a competição de Open Men. Sua vitória foi crucial para a conquista da medalha de ouro para o Brasil na competição por equipes. Italo tem sido uma presença constante no pódio da ISA, consolidando sua posição como uma das maiores estrelas do surfe mundial.
Tatiana Weston-Webb: a força feminina brasileira
Tatiana Weston-Webb, uma das melhores surfistas do Brasil, também brilha em eventos da ISA. Em 2023, ela conquistou o título de Open Women no ISA World Surfing Games, sendo um dos maiores destaques da competição. Com um estilo arrojado e técnica apurada, Tatiana tem sido fundamental para a ascensão do surfe feminino brasileiro, sendo uma inspiração para as próximas gerações de atletas.
Diego Rosa: campeão no ISA World Masters Surfing Championship
Diego Rosa teve uma performance destacada no ISA World Masters Surfing Championship em 2024, onde conquistou o título na categoria Masters 40+ Men. Rosa tem sido um exemplo de perseverança e excelência no surfe ao longo dos anos, e sua vitória na competição reafirma o nível de talento presente na geração brasileira mais experiente.
David Leão e Luiz Diniz: protagonistas no ISA World SUP and Paddleboard Championship
Os atletas brasileiros também têm se destacado no surfe com stand-up paddle (SUP) nas competições da ISA. David Leão foi o grande vencedor da Sprint SUP Race Men em 2024, enquanto Luiz Diniz se sagrou campeão do SUP Surf Men em 2018 e 2022. Ambos são pioneiros no esporte e continuam a ser referências para novos talentos no SUP, colocando o Brasil no centro das atenções nesta modalidade.
Neymara Carvalho e Eder Luciano: ícones do bodyboard brasileiro
O Brasil também tem sido uma potência no ISA World Bodyboard Championship, com grandes campeões como Eder Luciano, Guilherme Tâmega,Neymara Carvalho e Isabela Sousa. Eder conquistou o título de Open Men em várias edições (2012, 2014 e 2015), Tâmega coleciona dois títulos (1996 e 2000), enquanto Neymara, um dos maiores nomes do bodyboard feminino, foi campeã em 2002 e 2014. Em uma mesma edição, no ano de 2011, nas Ilhas Canárias, Isabela brilhou ao vencer duas categorias (Sub-18 e Open). A seleção brasileira de bodyboard também foi campeã por equipes em diversas edições, consolidando o Brasil como uma referência global neste esporte.
Carlos Burle: dominando as ondas gigantes no ISA Big Wave World Championship
Carlos Burle, conhecido por sua habilidade em surfe de ondas grandes, se destacou no ISA Big Wave World Championship, conquistando o título em 1998. Sua vitória não só solidificou sua carreira, mas também ajudou a colocar o Brasil no mapa do surfe de ondas gigantes, onde Burle se tornaria uma lenda ao longo dos anos.
Outros campeões notáveis do ISA Surfing
O Brasil também se destacou em outras competições da ISA, com vitórias de grandes nomes como:
Fábio Gouveia, primeiro brasileiro a conquistar um título da ISA, em 1988, nas ondas de Aguadilla, em Porto Rico.
Filipe Toledo, que venceu o ISA World Junior Surfing Championship na categoria Boys U16 em 2011.
Além disso, o Brasil também conquistou várias vitórias coletivas, com sua seleção se destacando em competições por equipes como o ISA World Surfing Games, onde o Brasil foi campeão em 2000, 2019, 2023 e 2024, e no ISA World Para Surfing Championship, com títulos de equipe em diversas edições.
Conclusão
Os campeões brasileiros na história da ISA são uma verdadeira inspiração para o surfe mundial. Com títulos que vão do surfe competitivo ao bodyboard e ao SUP, os atletas brasileiros têm se mostrado uma força imparável, solidificando o Brasil como um país de excelência no surfe. As conquistas no ISA World Surfing Games, ISA World Junior Surfing Championship, ISA World SUP and Paddleboard Championship, ISA World Bodyboard Championship e ISA World Para Surfing Championship continuam a marcar a história do surfe mundial, e os atletas brasileiros prometem seguir escrevendo novos capítulos de sucesso no futuro.