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Competições

Chloé Calmon garante vaga no WSL Finals de Longboard

Chloé Calmon cai nas quartas do Mundial de Longboard em El Salvador, mas garante vaga na grande final do Circuito.

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Chloé Calmon, Surf City El Salvador Longboard Classic 2023, La Libertad, El Salvador, Circuito Mundial de Longboard, WSL, World Surf League. Foto: Divulgação WSL

Chloé Calmon carimba vaga entre as oito finalistas do Circuito Mundial de Longboard da World Surf League. Foto: Divulgação WSL

Duas finais havaianas fecharam o Surf City El Salvador Longboard Classic apresentado por Corona, na sexta-feira em La Libertad, El Salvador. Na primeira, o número 1 no ranking do World Surf League (WSL) Longboard Tour 2023, Kaniela Stewart, derrotou o jovem John Michael Van Hohenstein. Depois, a líder Kelis Kaleopaa perdeu para Sophia Culhane, que começou o dia derrotando Chloé Calmon nas quartas de final. A brasileira está entre as top-8 do ranking, que vão disputar o título mundial no Original Sprout Malibu Longboard Championships, no melhor dia de ondas na janela de 3 a 13 de outubro em Malibu Beach, na Califórnia.

Chloé Calmon é a esperança de um primeiro título mundial feminino do Brasil no Longboard. O masculino, o também carioca Phil Rajzman foi campeão duas vezes. Phil Rajzman é, na verdade, o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial na World Surf League, em 2007, bem antes do surgimento da geração “Brazilian Storm”. Gabriel Medina ganhou o primeiro dele somente 7 anos depois, em 2014, quando foi iniciado este domínio verde-amarelo de 7 títulos conquistados nas últimas 9 temporadas. Depois do Medina, Adriano de Souza foi o campeão em 2015 e em 2016 Phil Rajzman conseguiu outro feito inédito, de ser o primeiro brasileiro a ganhar dois títulos mundiais.

A carioca Chloé Calmon já chegou perto de se tornar a primeira brasileira campeã mundial de Longboard três vezes. Ela foi vice-campeã no ano do bicampeonato de Phil Rajzman em 2016 e perdeu também a decisão dos títulos de 2017 e 2019, para a havaiana Honolua Blomfield. A nova chance de Chloé Calmon é agora no formato que está sendo implantado pela World Surf League no Original Sprout Malibu Longboard Championships. Os títulos mundiais serão decididos em um único dia, no sistema mata-mata inspirado no WSL Finals em Lowers Trestles, onde só deu Brasil desde 2021, com Gabriel Medina e Filipe Toledo ganhando as três primeiras edições.

Sophia Culhane e Kaniela Stewart, Surf City El Salvador Longboard Classic 2023, La Libertad, El Salvador, Circuito Mundial de Longboard, WSL, World Surf League. Foto: Divulgação WSL

Sophia Culhane e Kaniela Stewart vencem o Surf City El Salvador Longboard Classic em El Sunzal. Foto: Divulgação WSL

A campeã do Surf City El Salvador Longboard Classic, Sophia Culhane, estava empatada com Chloé Calmon em quinto lugar no ranking. A bateria entre elas pelas quartas de final, valia a quarta posição e a havaiana conseguiu vencer, deixando a carioca em sexto lugar. Com isso, Chloé terá que competir no primeiro confronto da decisão do título mundial em Malibu Beach. As suas primeiras adversárias, são as norte-americanas Rachael Tilly e Mason Schremmer, que terminaram respectivamente na sétima e oitava colocação no ranking das três etapas, realizadas em Huntington Beach na Califórnia e nas direitas de Bells Beach na Austrália e de El Sunzal em El Salvador.

CAMINHO DO TÍTULO – Se Chloé Calmon vencer essa primeira bateria em Malibu Beach, terá outro confronto de três competidoras no caminho do título mundial, com a quarta e quinta do ranking, a tricampeã mundial Honolua Blomfield e a francesa Alice Lemoigne. A primeira colocada segue então para o primeiro duelo mulher a mulher, contra a número 3, Sophia Culhane. Quem ganhar esse terceiro confronto, disputa com a vice-líder e bicampeã mundial, Soleil Errico, a chance de decidir o título de 2023 na melhor de 3 baterias do Original Sprout Malibu Longboard Championships, com a número 1, Kelis Kaleopaa. Quem ganhar 2, será consagrada como campeã mundial de 2023.

A havaiana confirmou a primeira posição no ranking, no confronto direto com Honolua Blomfield nas semifinais do Surf City El Salvador Longboard Classic. Isso porque a ex-líder, Soleil Errico, perdeu o duelo de campeãs mundiais das quartas de final, com a também norte-americana Rachael Tilly. As havaianas Kelis e Honolua já tinham vencido as baterias que abriram a sexta-feira, que formaram a primeira semifinal. Rachael Tilly foi a segunda vítima de Sophia Culhane, que tinha derrotado Chloé Calmon numa bateria mais fraca de ondas.

“Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo agora, mas estou muito feliz”, disse Sophia Culhane. “As ondas estavam bem divertidas hoje e a Kelis (Kaleopaa) é uma competidora muito forte. Ela tem um estilo incrível, é uma pessoa incrível e eu a admiro e a amo muito”.

Kaniela Stewart, Surf City El Salvador Longboard Classic 2023, La Libertad, El Salvador, Circuito Mundial de Longboard, WSL, World Surf League. Foto: Divulgação WSL

Kaniela faz a festa em El Sunzal Foto: Divulgação WSL

ÚLTIMA VAGA NOS TOP-8 – Na categoria masculina, a sexta-feira já começou pelas semifinais e Kaniela Stewart sacramentou o primeiro lugar no ranking, com a vitória sobre o inglês Ben Skinner. Depois dessa bateria entre dois garantidos nos top-8, rolou a dos dois únicos que ainda tentavam entrar no grupo que vai disputar o título mundial em Malibu Beach. Se passasse para a final, o sul-africano Steven Sawyer já confirmava seu nome nos top-8. Mas, perdeu para John Michael Van Hohenstein, que chegou em sua primeira decisão de título em etapas do WSL Longboard Tour.

Para tirar a última vaga nos top-8 do norte-americano Tony Silvagni, o havaiano precisava vencer o campeonato. Só que Kaniela Stewart não deu qualquer chance para o jovem havaiano e já arrancou nota 8,33 na terceira onda que surfou. O máximo que John Michael Van Hohenstein conseguiu foram 5,93 e 5,87, com Kaniela somando 6,50 para vencer o Surf City El Salvador Longboard Classic, por 14,83 a 11,80 pontos. Kaniela Stewart foi o único a ganhar duas das três etapas do WSL Longboard Tour 2023. A primeira foi Huntington Beach Longboard Classic na Califórnia.

“Estou muito feliz e não tem ninguém mais a quem agradecer, do que o Homem lá em cima. Foi Ele que fez isso acontecer. Sem Ele eu não estaria aqui, então obrigado Deus”, disse Kaniela Stewart. “Obrigado também a todos em casa por me assistirem e me apoiarem através de mensagens. Espero que tenhamos boas ondas em Malibu, porque todos estão surfando muito bem. Eu mal posso esperar para competir lá e esperamos trazer esse título mundial de volta para o Havaí”.

Sophia Culhane, Surf City El Salvador Longboard Classic 2023, La Libertad, El Salvador, Circuito Mundial de Longboard, WSL, World Surf League. Foto: Divulgação WSL

Sophia Culhane foi a algoz de Chloé Calmon nas quartas de final. Foto: Divulgação WSL

TÍTULO MUNDIAL – Com o primeiro lugar no ranking final das três etapas, Kaniela Stewart vai ficar assistindo de camarote a definição do seu adversário na melhor de três baterias, que decidirá o campeão mundial de 2023 no Original Sprout Malibu Longboard Championships. A primeira bateria será entre o 6.o, 7.o e 8.o colocados, respectivamente o francês Edouard Delpero, o filipino Rogelio Jr Esquievel e o norte-americano Tony Silvagni. Quem vencer, enfrentará o 4.o e 5.o, o australiano Declan Wyton e o inglês Ben Skinner.

Depois, começam os confrontos homem a homem. O ganhador da segunda bateria com três surfistas, terá um duro desafio com o tricampeão mundial Taylor Jensen, que ficou em terceiro no ranking e conhece muito bem as ondas de Malibu Beach, um dos berços do esporte das ondas na Califórnia. O vencedor então disputará com o vice-líder, Kai Sallas, quem vai decidir o título mundial na melhor de três baterias com Kaniela Stewart. Os dois havaianos que ficaram nas primeiras posições do ranking, buscam o seu primeiro título mundial.

ÚLTIMO DIA DO SURF CITY EL SALVADOR LONGBOARD CLASSIC:

DECISÃO DO TÍTULO FEMININO:
Campeã: Sophia Culhane (HAV) por 13,50 pts (7,50+6,00) – US$ 5.000 e 10.000 pts
2.o lugar: Kelis Kaleopaa (HAV) com 12,23 pts (6,40+5,83) – US$ 2.500 e 7.800 pts

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 1.300 e 6.085 pontos:
1.a: Kelis Kaleopaa (HAV) 12,77 x 12,07 Honolua Blomfield (HAV)
2.a: Sophia Culhane (HAV) 13,07 x 11,40 Rachael Tilly (EUA)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 1.000 e 4.745 pontos:
1.a: Kelis Kaleopaa (HAV) 14,34 x 10,94 Mason Schremmer (EUA)
2.a: Honolua Blomfield (HAV) 13,23 x 13,10 Zoe Grospiron (FRA)
3.a: Rachael Tilly (EUA) 16,86 x 14,83 Soleil Errico (EUA)
4.a: Sophia Culhane (HAV) 13,30 x 12,64 Chloé Calmon (BRA)

DECISÃO DO TÍTULO MASCULINO:
Campeão: Kaniela Stewart (HAV) por 14,83 pts (8,33+6,50) – US$ 5.000 e 10.000 pts
2.o: John Michael Van Hohenstein (HAV) com 11,80 (5,93+5,87) – US$ 2.500 e 7.800 pts

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 1.300 e 6.085 pontos:
1.a: Kaniela Stewart (HAV) 14,34 x 12,16 Ben Skinner (ING)
2.a: John Michael Van Hohenstein (HAV) 12,80 x 12,20 Steven Sawyer (AFR)

Kelis Kaleopaa, Sophia Culhane, Kaniela Stewart e John Michael Van Hohenstein, Surf City El Salvador Longboard Classic 2023, La Libertad, El Salvador, Circuito Mundial de Longboard, WSL, World Surf League. Foto: Divulgação WSL

Kelis Kaleopaa, Sophia Culhane, Kaniela Stewart e John Michael Van Hohenstein no pódio da etapa salvadorenha. Foto: Divulgação WSL

RANKINGS DO WSL LONGBOARD TOUR 2023 – 3 etapas:

TOP-8 DA CATEGORIA FEMININA:
1.a: Kelis Kaleopaa (HAV) – 21.120 pontos
2.a: Soleil Errico (EUA) – 20.830
3.a: Sophia Culhane (HAV) – 20.830
4.a: Honolua Blomfield (HAV) – 19.970
5.a: Alice Lemoigne (FRA) – 15.865
6.a: Chloé Calmon (BRA) – 15.575
7.a: Rachael Tilly (EUA) – 14.150
8.a: Mason Schremmer (EUA) – 12.810
—–outras sul-americanas no ranking:
13.a: Maria Fernanda Reyes (PER) – 7.970 pontos
17.a: Luana Soares (BRA) – 5.980

TOP-8 DA CATEGORIA MASCULINA:
1.o: Kaniela Stewart (HAV) – 23.320 pontos
2.o: Kai Sallas (HAV) – 18.065
3.o: Taylor Jensen (EUA) – 17.205
4.o: Declan Wyton (AUS) – 14.440
5.o: Ben Skinner (ING) – 14.150
6.o: Edouard Delpero (FRA) – 14.150
7.o: Rogelio Jr Esquievel (PHL) – 14.150
8.o: Tony Silvagni (EUA) – 14.150
—–sul-americanos no ranking:
21.o: Matias Maturano (PER) – 2.660 pontos

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Os títulos na WSL e as medalhas olímpicas do surf brasileiro

Surf brasileiro em destaque: títulos mundiais, medalhas olímpicas e vitórias no Pro Junior consolidam o país como potência no esporte.

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Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira estão na badalada lista de campeões mundiais de surf. Foto: WSL / Thiago Diz

O surf brasileiro se consolidou como uma potência mundial, com campeões em diversas modalidades, medalhas olímpicas e vitórias nas categorias de base, como o Pro Junior. Neste artigo, revisamos as principais conquistas dos surfistas brasileiros, destacando os títulos no Circuito Mundial, as medalhas olímpicas e os triunfos no Pro Junior.

Títulos brasileiros no Circuito Mundial de Surf

Gabriel Medina

  • 2014: Gabriel Medina fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial de surf. Medina derrotou o australiano Mick Fanning na última etapa do circuito, em Pipeline, no Havaí, para garantir seu título.
  • 2018: Medina se consagrou bicampeão mundial, após uma temporada de grande consistência e vitórias em algumas das etapas mais disputadas do circuito.
  • 2021: Gabriel Medina conquistou seu terceiro título mundial, tornando-se o primeiro brasileiro a alcançar a marca de três títulos mundiais. Sua vitória em 2021 foi marcada por performances de grande nível, reafirmando sua posição como um dos maiores surfistas da história.

Adriano de Souza (Mineirinho)

  • 2015: Adriano de Souza, o Mineirinho, foi o segundo brasileiro a conquistar o título mundial. Sua vitória em 2015, com a conquista de etapas como a de Pipeline, foi histórica, consolidando-o entre os maiores nomes do surfe.

Italo Ferreira

  • 2019: Italo Ferreira conquistou o título mundial em 2019, tornando-se o terceiro brasileiro a ser campeão mundial. A taça foi conquistada em uma final épica com Gabriel Medina em Pipeline, Havaí.

Filipe Toledo

  • 2022: Filipe Toledo se destacou em 2022 e conquistou o título mundial, com uma temporada impressionante e consistência nas etapas.
  • 2023: Filipe Toledo se consagrou bicampeão mundial em 2023, após uma temporada excepcional que incluiu vitórias marcantes e um desempenho dominante no circuito.

Phil Rajzman (Longboard)

  • 2007: Phil Rajzman foi campeão mundial de longboard pela primeira vez em 2007, conquistando um título de destaque na história do longboard brasileiro.
  • 2016: Rajzman conquistou seu segundo título mundial de longboard em 2016, confirmando sua posição de destaque no esporte.

Carlos Burle (Big Wave Tour)

  • 2009: Carlos Burle se consagrou campeão do Big Wave Tour, o circuito mundial de ondas grandes, em 2009. Sua habilidade nas ondas gigantes foi destacada, consolidando-o como um dos maiores especialistas em ondas grandes do mundo.

Medalha de ouro de Italo Ferreira em 2021

Italo Ferreira fez história ao conquistar a medalha de ouro no surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o que fez dele o primeiro campeão olímpico de surfe na história dos Jogos. Sua vitória foi um marco não apenas para sua carreira, mas também para o surfe brasileiro, que viu seu nome se consolidar no cenário global. Italo superou adversários de peso e mostrou um surfe criativo e de alta performance, garantindo o lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas. Esse feito não só trouxe reconhecimento mundial ao atleta como também foi um símbolo do crescimento e da importância do surfe no Brasil e no mundo.

Medalhas olímpicas do surf brasileiro em Paris 2024

  • Tatiana Weston-Webb: A surfista brasileira conquistou a medalha de prata no surfe nas Olimpíadas de Paris 2024, consolidando-se como uma das melhores do mundo. Sua performance impecável nas ondas de Teahupoo foi decisiva para garantir o lugar no pódio, sendo a primeira brasileira a alcançar uma medalha olímpica no surfe feminino.
  • Gabriel Medina: Gabriel Medina alcançou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024, reafirmando seu talento e domínio nas ondas. Sua participação foi um marco para o surfe brasileiro, com Medina sendo o primeiro surfista masculino a conquistar múltiplas medalhas olímpicas.

Títulos do surf brasileiro no Pro Junior da ASP e WSL

A categoria Pro Junior da ASP (atualmente WSL) tem sido um importante campo de desenvolvimento para o surf de base no Brasil, com jovens surfistas se destacando em competições internacionais.

Campeões Pro Junior

  • 2000: Pedro Henrique
  • 2003: Adriano de Souza
  • 2004 e 2007: Pablo Paulino
  • 2011: Caio Ibelli
  • 2013: Gabriel Medina
  • 2015: Lucas Silveira
  • 2018: Mateus Herdy
  • 2019: Lucas Vicente

O futuro do surf brasileiro

O Brasil continua a ser um berço de grandes talentos, com novas gerações de surfistas se destacando nos circuitos internacionais e em categorias de base como o Pro Junior. A presença forte do Brasil nas Olimpíadas, com medalhas e vitórias, além da consistência no Circuito Mundial, projeta o país para o futuro do surf. Com mais jovens surfistas como João Chianca, Samuel Pupo e outros nomes em ascensão, o Brasil segue sendo uma referência global no surf.

Além disso, a combinação de títulos mundiais, medalhas olímpicas e vitórias em categorias de base é um reflexo do trabalho árduo, da técnica refinada e da paixão dos atletas. O futuro do esporte no Brasil está cada vez mais promissor, com mais conquistas à vista nos próximos anos.

Em resumo, o Brasil continua a ser um líder no surfe global, com mais conquistas e momentos históricos a caminho. O legado dos campeões brasileiros no Circuito Mundial e nas Olimpíadas serve como inspiração para todos os apaixonados pelo esporte e garante que o surfe continuará a brilhar no cenário internacional.

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Adriano de Souza: a inspiradora trajetória do campeão mundial

Adriano de Souza: a trajetória inspiradora do campeão mundial de 2015.

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Adriano de Souza, Piscina de ondas da Praia da Grama, em Itupeva (SP), Wavegarden, World Surf League, QS, Circuito Banco do Brasil de Surfe, Fazenda da Grama, Wave Pool. Foto: WSL / Daniel Smorigo

Adriano de Souza, conhecido como “Mineirinho”, é um dos grandes ícones do surfe brasileiro e mundial. Nascido em 13 de fevereiro de 1987, no Guarujá, litoral de São Paulo, Adriano teve uma infância humilde e encontrou no surfe um caminho para transformar sua vida. Aos oito anos, começou a surfar com uma prancha usada, comprada por seu irmão mais velho, e logo se destacou pela determinação e paixão pelo esporte.

Em 2004, Adriano alcançou um marco significativo em sua carreira ao vencer o Mundial Pro Junior da ASP, realizado na Austrália. Esse título, uma das mais importantes competições para jovens surfistas, foi um divisor de águas e catapultou sua carreira internacional. No mesmo ano, ele também se tornou o competidor mais jovem a vencer o circuito brasileiro profissional.

Seu ingresso na elite do surfe mundial, o Championship Tour (CT), aconteceu em 2006. Ao longo dos anos, Adriano ganhou notoriedade pela sua consistência e pelo espírito de luta que o diferenciavam no circuito. Ele acumulou sete vitórias em etapas do CT, com destaques para os títulos em Pipeline (Havaí) em 2015, Bells Beach (Austrália) em 2013 e Rio de Janeiro (2011).

O ponto mais alto de sua carreira veio em 2015, quando Adriano se tornou campeão mundial de surfe, sendo o segundo brasileiro a conquistar esse feito, após Gabriel Medina (2014). Ele selou o título ao vencer a lendária etapa de Pipeline, no Havaí, um dos maiores desafios do esporte. Essa vitória não só representou o auge de sua trajetória, como também consolidou o “Brazilian Storm” — a geração de surfistas brasileiros que dominou o cenário internacional.

Adriano também é reconhecido por seu papel como mentor e inspiração para jovens surfistas. Após 15 anos competindo na elite do surfe, ele anunciou sua aposentadoria em 2021, deixando um legado de determinação, superação e paixão pelo esporte. Seu título no Mundial Pro Junior e sua consagração como campeão mundial no CT são marcos de uma carreira que inspira gerações.

As posições de Adriano de Souza no ranking do Circuito Mundial (Championship Tour – CT) ao longo dos anos:

  • 2021: 22º, Melhor resultado: 9º (Narrabeen, Austrália)
  • 2019: 18º, Melhor resultado: 9º (Bali, Indonésia e Hossegor, França)
  • 2018: 13º, Melhor resultado: 2º (Bali, Indonésia)
  • 2017: 5º, Melhor resultado: 1º (Saquarema, Brasil)
  • 2016: 11º, Melhor resultado: 3º (Gold Coast, Austrália e Trestles, EUA)
  • 2015: 1º, Melhor resultado: 1º (Margaret River, Austrália e Pipeline, Havaí)
  • 2014: 8º, Melhor resultado: 1º (Rio de Janeiro, Brasil)
  • 2013: 13º, Melhor resultado: 1º (Bells Beach, Austrália)
  • 2012: 5º, Melhor resultado: 1º (Rio de Janeiro, Brasil)
  • 2011: 5º, Melhor resultado: 1º (Rio de Janeiro, Brasil e Peniche, Portugal)
  • 2010: 13º, Melhor resultado: 2º (Peniche, Portugal)
  • 2009: 5º, Melhor resultado: 1º (Mundaka, Espanha)
  • 2008: 10º, Melhor resultado: 3º (Trestles, EUA)
  • 2007: 20º, Melhor resultado: 9º (Trestles, EUA)
  • 2006: 18º, Melhor resultado: 9º (Bells Beach, Austrália e J-Bay, África do Sul)

Veja também:

Gabriel Medina: um fenômeno no surfe mundial

Filipe Toledo: a jornada de um campeão global

Italo Ferreira: uma carreira brilhante no surfe mundial

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Os brasileiros campeões da International Surfing Association (ISA)

Fique por dentro de todos os títulos históricos do surf brasileiro no ISA World Surfing Games de 1988 até a atualidade.

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Ryan Kainalo, ISA World Junior Surfing Championship 2023, Praia da Macumba, Rio de Janeiro (RJ), International Surfing Association, Mundial Sub 18 de Surfe. Foto: ISA / Pablo Franco

A International Surfing Association (ISA) tem sido um palco importante para o surfe global, e o Brasil tem se destacado de maneira marcante em diversas modalidades e categorias. Ao longo dos anos, surfistas brasileiros conquistaram títulos em competições como o ISA World Surfing Games, o ISA World Junior Surfing Championship, o ISA World Masters Surfing Championship, o ISA World SUP and Paddleboard Championship, e muitos outros. A seguir, destacamos os principais campeões brasileiros na história da ISA.

Gabriel Medina: o colecionador de títulos

Gabriel Medina, um dos maiores surfistas da história do Brasil e do mundo, tem um legado significativo na ISA. Medina conquistou o ISA World Surfing Games em 2024, demonstrando sua habilidade excepcional ao vencer a competição de Open Men. Sua trajetória também inclui conquistas importantes no ISA World Junior Surfing Championship, como seu título em 2010, e contribuições valiosas para o sucesso da seleção brasileira em várias edições do evento.

Italo Ferreira: o ícone olímpico e mundial

Italo Ferreira, campeão olímpico de surfe em 2020, também tem um histórico impressionante em competições da ISA. Em 2019, ele conquistou o ISA World Surfing Games, vencendo a competição de Open Men. Sua vitória foi crucial para a conquista da medalha de ouro para o Brasil na competição por equipes. Italo tem sido uma presença constante no pódio da ISA, consolidando sua posição como uma das maiores estrelas do surfe mundial.

Tatiana Weston-Webb: a força feminina brasileira

Tatiana Weston-Webb, uma das melhores surfistas do Brasil, também brilha em eventos da ISA. Em 2023, ela conquistou o título de Open Women no ISA World Surfing Games, sendo um dos maiores destaques da competição. Com um estilo arrojado e técnica apurada, Tatiana tem sido fundamental para a ascensão do surfe feminino brasileiro, sendo uma inspiração para as próximas gerações de atletas.

Diego Rosa: campeão no ISA World Masters Surfing Championship

Diego Rosa teve uma performance destacada no ISA World Masters Surfing Championship em 2024, onde conquistou o título na categoria Masters 40+ Men. Rosa tem sido um exemplo de perseverança e excelência no surfe ao longo dos anos, e sua vitória na competição reafirma o nível de talento presente na geração brasileira mais experiente.

David Leão e Luiz Diniz: protagonistas no ISA World SUP and Paddleboard Championship

Os atletas brasileiros também têm se destacado no surfe com stand-up paddle (SUP) nas competições da ISA. David Leão foi o grande vencedor da Sprint SUP Race Men em 2024, enquanto Luiz Diniz se sagrou campeão do SUP Surf Men em 2018 e 2022. Ambos são pioneiros no esporte e continuam a ser referências para novos talentos no SUP, colocando o Brasil no centro das atenções nesta modalidade.

Neymara Carvalho e Eder Luciano: ícones do bodyboard brasileiro

O Brasil também tem sido uma potência no ISA World Bodyboard Championship, com grandes campeões como Eder Luciano, Guilherme Tâmega, Neymara Carvalho e Isabela Sousa. Eder conquistou o título de Open Men em várias edições (2012, 2014 e 2015), Tâmega coleciona dois títulos (1996 e 2000), enquanto Neymara, um dos maiores nomes do bodyboard feminino, foi campeã em 2002 e 2014. Em uma mesma edição, no ano de 2011, nas Ilhas Canárias, Isabela brilhou ao vencer duas categorias (Sub-18 e Open). A seleção brasileira de bodyboard também foi campeã por equipes em diversas edições, consolidando o Brasil como uma referência global neste esporte.

Carlos Burle: dominando as ondas gigantes no ISA Big Wave World Championship

Carlos Burle, conhecido por sua habilidade em surfe de ondas grandes, se destacou no ISA Big Wave World Championship, conquistando o título em 1998. Sua vitória não só solidificou sua carreira, mas também ajudou a colocar o Brasil no mapa do surfe de ondas gigantes, onde Burle se tornaria uma lenda ao longo dos anos.

Outros campeões notáveis do ISA Surfing

O Brasil também se destacou em outras competições da ISA, com vitórias de grandes nomes como:

  • Fábio Gouveia, primeiro brasileiro a conquistar um título da ISA, em 1988, nas ondas de Aguadilla, em Porto Rico.
  • Filipe Toledo, que venceu o ISA World Junior Surfing Championship na categoria Boys U16 em 2011.

Além disso, o Brasil também conquistou várias vitórias coletivas, com sua seleção se destacando em competições por equipes como o ISA World Surfing Games, onde o Brasil foi campeão em 2000, 2019, 2023 e 2024, e no ISA World Para Surfing Championship, com títulos de equipe em diversas edições.

Conclusão

Os campeões brasileiros na história da ISA são uma verdadeira inspiração para o surfe mundial. Com títulos que vão do surfe competitivo ao bodyboard e ao SUP, os atletas brasileiros têm se mostrado uma força imparável, solidificando o Brasil como um país de excelência no surfe. As conquistas no ISA World Surfing Games, ISA World Junior Surfing Championship, ISA World SUP and Paddleboard Championship, ISA World Bodyboard Championship e ISA World Para Surfing Championship continuam a marcar a história do surfe mundial, e os atletas brasileiros prometem seguir escrevendo novos capítulos de sucesso no futuro.

ISA World Masters Surfing Championship

  • 2024 (El Sunzal, El Salvador):
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
    • Masters 40+ Men: Diego Rosa (1º lugar)

ISA World SUP and Paddleboard Championship

  • 2024 (Copenhague, Dinamarca):
    • Sprint SUP Race Men: David Leão (1º lugar)
  • 2022 (San Juan, Porto Rico):
    • SUP Surf Men: Luiz Diniz (1º lugar)
  • 2019 (El Sunzal, El Salvador):
    • Distance Race SUP Men: Vinnicius Martins (1º lugar)
  • 2018 (Hainan, China):
    • SUP Surf Men: Luiz Diniz (1º lugar)
    • Sprint SUP Race Men: Arthur Carvalho (1º lugar)
  • 2013 (Lima, Peru):
    • SUP Surf Women: Nicole Pacelli (1º lugar)

ISA World Surfing Games

  • 2024 (Arecibo, Porto Rico):
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
    • Open Men: Gabriel Medina (1º lugar)
  • 2023 (El Sunzal e La Bocana, El Salvador):
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
    • Open Women: Tati Weston Webb (1º lugar)
  • 2019 (Miyazaki, Japão):
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
    • Open Men: Italo Ferreira (1º lugar)
  • 2010 (Punta Hermosa, Peru):
    • Open Longboard: Rodrigo Sphaier (1º lugar)
  • 2000 (Maracaípe, Brasil):
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
    • Open Men: Fábio Silva (1º lugar)
    • Open Women: Tita Tavares (1º lugar)
    • Open Longboard: Marcelo Freitas (1º lugar)
    • Kneeboard: Sérgio Peixe (1º lugar)
  • 1998 (Lisboa, Portugal):
    Open Women: Alcione Silva (1º lugar)
    Open Longboard: Alexandre Salazar (1º lugar)
  • 1994 (Barra da Tijuca, Brasil):
    Open Women: Alessandra Vieira (1º lugar)
  • 1988 (Aguadilla, Porto Rico):
    • Open Men: Fabio Gouveia (1º lugar)

ISA World Para Surfing Championship

  • 2024 (Huntington Beach, Califórnia):
    • Men – Stand 3: Luciano Mercindo Silveira (1º lugar)
    • Men – VI 1: Elias Ricardo Diel (1º lugar)
    • Men – Stand 1: Roberto Pino (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2023 (Huntington Beach, Califórnia):
    • Men – Prone 2: Davi Teixeira de Aguiar (1º lugar)
    • Men – Stand 2: Rafael Lueders (1º lugar)
    • Men – Stand 3: Dijackson Santos (1º lugar)
    • Men – Sit: Felipe Kizu Lima (1º lugar)
    • Men – VI 1: Elias Ricardo Diel (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2022 (Pismo Beach, Califórnia):
    • Men – Prone 2: Davi Teixeira de Aguiar (1º lugar)
    • Men – Stand 2: Rafael Lueders (1º lugar)
    • Men – Stand 3: Alcino “Pirata” Neto (1º lugar)
    • Open – Sit: Fellipe Kizu Lima (1º lugar)
    • Men – VI 1: Elias Ricardo Diel (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2021 (Pismo Beach, Califórnia):
    • Men – Stand 1: Mike Richards (1º lugar)
    • Men – Stand 3: Alcino Neto (1º lugar)
    • Open – Sit: Fellipe Kizu Lima (1º lugar)
    • Men – VI 1: Elias Figue Diel (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2020 (La Jolla, Califórnia):
    • Men – Stand 1: Mike Vaz (1º lugar)
    • Men – Stand 2: Roberto Pino (1º lugar)
    • Women – Stand 2: Malu Mendes (1º lugar)
    • Men – Kneel: Alcino Neto (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2019 (La Jolla, Califórnia):
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2018 (La Jolla, Califórnia):
    • AS2 Men: Henrique Saraiva (1º lugar)
    • AS3 Men: Felipe Kizu Lima (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2017 (La Jolla, Califórnia):
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
    • AS2 Men: Alcino Neto (1º lugar)
  • 2016 (La Jolla, Califórnia):
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
    • AS3 Men: Felipe Lima (1º lugar)
    • AS5 Men: Davi Teixeira (1º lugar)
  • 2015 (La Jolla, Califórnia):
    • Upright: Felipe Lima (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)

ISA World Junior Surfing Championship

  • 2023 (Macumba, Rio de Janeiro):
    • Boys U18: Ryan Kainalo (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2016 (Açores, Portugal):
    • Boys U18: Weslley Dantas (1º lugar)
  • 2014 (Salinas, Equador):
    • Boys U18: Luan Wood (1º lugar)
  • 2012 (Playa Venao, Panamá):
    • Boys U18: Matheus Navarro (1º lugar)
  • 2011 (Punta Hermosa, Peru):
    • Boys U16: Filipe Toledo (1º lugar)
  • 2010 (Piha, Nova Zelândia):
    • Boys U18: Gabriel Medina (1º lugar)
  • 2008 (Hossegor, França):
    • Boys U18: Alejo Muniz (1º lugar)
  • 2007 (Caparica, Portugal):
    • Boys U18: Jadson André (1º lugar)
  • 2005 (Huntington Beach, CA):
    • Boys U18: Jefferson Silva (1º lugar)

ISA World Bodyboard Championship

  • 2015 (Iquique, Chile):
    • Open Men: Eder Luciano (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2014 (Iquique, Chile):
    • Open Men: Eder Luciano (1º lugar)
    • Open Women: Neymara Carvalho (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2012 (Iquique, Chile):
    • Open Men: Eder Luciano (1º lugar)
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
  • 2011 (Ilhas Canárias):
    • Open Women: Isabela Sousa (1º lugar)
    • Girls U18: Isabela Sousa (1º lugar)
  • 2008 (Caparica, Portugal):
    • Bodyboard Men: Marcus Lima (1º lugar)
  • 2002 (Durban, África do Sul):
    Bodyboard Women: Neymara Carvalho (1º lugar)
  • 2000 (Maracaípe, Brasil):
    • Bodyboard Men: Guilherme Tâmega (1º lugar)
    • Bodyboard Women: Karla Costa (1º lugar)
  • 1996 (Huntington Beach, Califórnia):
    • Bodyboard Men: Guilherme Tâmega (1º lugar)
    • Bodyboard Women: Daniela Freitas (1º lugar)
  • 1994 (Barra da Tijuca, Brasil):
    • Bodyboard Men: Jefferson Anute (1º lugar)

ISA Big Wave World Championship

  • 1998 (Todos Santos, México):
    • Equipe: Brasil (1º lugar)
    • Open Men: Carlos Burle (1º lugar)

Outros Eventos Importantes

  • Hainan Riyue Bay International Surfing Festival (2013):
    • Open Men: Michael Rodrigues (1º lugar)

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