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As baterias do Challenger Series em Saquarema

Veja a relação de baterias da última etapa do Challenger Series em Saquarema (RJ).

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Samuel Pupo, Challenger Series 2023, Circuito Mundial de Surfe, Praia de Itaúna, Previsão das Ondas, Saquarema, World Surf League, WSL. Foto: WSL / Thiago Diz

Samuel Pupo aposta as suas últimas fichas do ano no Challenger Series em Saquarema (RJ). Foto: WSL / Thiago Diz

Estão definidas as baterias das primeiras fases do Challenger Series da World Surf League (WSL) na praia de Itaúna, em Saquarema (RJ). A prova começa neste sábado, com previsão de ondas com formação regular.

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A grande final da temporada será inaugurada às 7h30 do sábado, com o cantor local de Saquarema, Juceir Junior, cantando o Hino Nacional Brasileiro na Praia de Itaúna.

A expectativa é de que a primeira fase das categorias masculina e feminina possa acontecer no primeiro dia, mas a programação oficial do sábado só será divulgada após a comissão técnica da World Surf League analisar as condições do mar e a previsão das ondas. Os 80 participantes do evento estão divididos em duas fases com baterias formadas por quatro surfistas. Os 48 mais bem colocados no ranking, como os que estão na briga direta por vagas no CT 2024, entram como cabeças de chave na segunda fase.

Os outros 32 competidores estão nos oito confrontos da rodada inicial. Na categoria feminina, as 48 concorrentes ao título da etapa brasileira do Challenger Series, também estão divididas em duas fases, ambas com oito baterias de quatro atletas. As 16 cabeças de chave estreiam na segunda fase, já disputando classificação para as oitavas de final da etapa. As outras 32 participantes entram na rodada inicial.

João Chumbinho Chianca, Challenger Series 2023, Circuito Mundial de Surfe, Praia de Itaúna, Previsão das Ondas, Saquarema, World Surf League, WSL. Foto: WSL / Smorigo

João Chianca disputa a etapa como convidado da World Surf League. Foto: WSL / Smorigo

Apenas três surfistas já garantiram suas vagas para o CT 2024, pelo ranking de acesso do Challenger Series, o norte-americano Cole Houshmand e Jacob Willcox e Sally Fitzgibbons, da Austrália. Nas ondas da Praia de Itaúna, serão definidos os oito que completarão a elite dos top-34 no ano que vem e as quatro últimas mulheres para o grupo das top-17. Os únicos brasileiros que chegam no Brasil dentro na zona de classificação para o CT, são Deivid Silva em quinto no ranking e Mateus Herdy na décima e última posição no G-10.

A batalha pelas oito vagas será certamente emocionante no evento, porque 29 surfistas ainda têm chances matemáticas de ultrapassar a pontuação atual do Mateus Herdy. Entre eles, sete são do Brasil e os mais próximos do G-10 são Samuel Pupo, Michael Rodrigues e Jadson André, que saíram da elite esse ano, no corte do meio da temporada. O ranking do Challenger Series computa apenas os quatro melhores resultados, nas seis etapas da divisão de acesso ao CT em 2023.

Luana Silva, Challenger Series 2023, Circuito Mundial de Surfe, Praia de Itaúna, Previsão das Ondas, Saquarema, World Surf League, WSL. Foto: WSL / Thiago Diz

Luana Silva corre atrás da classificação ao Championship Tour. Foto: WSL / Thiago Diz

CHANCES DO BRASIL – Como o quarto pior resultado do Samuel Pupo é menor, de 700 pontos, ele já entra no G-10 se passar a sua primeira bateria na Praia de Itaúna, quando soma 1.700 pontos. Isso porque Mateus Herdy tem 1.900 para trocar em Saquarema. Já Michael Rodrigues precisa chegar nas oitavas de final para superar a pontuação atual do Herdy e Jadson André só nas semifinais. Alejo Muniz já necessita chegar na grande final para isso e Ian Gouveia, Leo Casal e Edgard Groggia, somente com a vitória no Corona Saquarema Pro apresentado por Banco do Brasil.

No ranking feminino, Luana Silva é a única brasileira que pode fazer companhia a Tatiana Weston-Webbno CT em 2024. Ambas moram no Havaí e Luana fez parte do grupo das 17 melhores do mundo em 2022, mas não conseguiu passar pelo corte do meio da temporada e tenta se classificar pelo Challenger Series. Ela vem de um vice-campeonato em Portugal e está em sexto no ranking. Para superar a pontuação da australiana Isabella Nichols, que fecha o G-5 no momento, Luana Silva já precisa chegar nas semifinais em Saquarema. As duas estão na lista das 16 cabeças de chave que estreiam só na segunda fase.

Mateus Herdy, EDP Vissla Ericeira Pro 2023, Challenger Series, Ericeira, Portugal, Ribeira D’Ilhas, WSL, World Surf League. Foto: WSL / Poullenot

Mateus Herdy ocupa a décima e última vaga na lista privisória de classificados do Challenger. Foto: WSL / Poullenot

DEFENDENDO VAGAS – Além de Isabella Nichols, vão defender suas vagas a também australiana India Robinson vice-líder do ranking e as norte-americanas Sawyer Lindblad em terceiro lugar e a campeã do primeiro Challenger Series na Praia de Itaúna no ano passado, Alyssa Spencer. Foi ela quem derrotou Luana Silva na final em Portugal, onde a vitória valia a quarta posição no ranking.

No ranking masculino, Deivid Silva em quinto lugar e Mateus Herdy em décimo, são os únicos brasileiros que chegam em Saquarema defendendo vagas no G-10. Os outros seis que vão tentar confirmar suas classificações no Brasil, são o português Frederico Morais, que divide o terceiro lugar no ranking com Jake Marshall, os também norte-americanos Crosby Colapinto em quinto e Kade Matson em nono, além dos havaianos Imaikalani deVault na sétima e Eli Hanneman na oitava posições, respectivamente.

Para obter mais informações sobre as baterias, visite a página da World Surf League.

Deivid Silva, EDP Vissla Ericeira Pro 2023, Challenger Series, Ericeira, Portugal, Ribeira D’Ilhas, WSL, World Surf League. Foto: WSL / Poullenot

Deivid Silva está muito perto de retornar à divisão de elite mundial. Foto: WSL / Poullenot

BATERIAS DO CORONA SAQUAREMA PRO (sujeitas a alterações):

PRIMEIRA FASE – 3.o=65.o lugar (US$ 1.100 e 300 pts) e 4.o=73.o lugar ($ 1.000 e 250 pts):
1.a: Shion Crawford (HAV), Joshua Burke (BRB), Marlon Harrison (AUS), Zac Hedemann (HAV)
2.a: Jordan Lawler (AUS), Mihimana Braye (TAH), Gabriel André (BRA), Marco Giorgi (URU)
3.a: Kian Martin (SUE), John Mark Tokong (FIL), Teva Bouchgua (MAR), Nacho Gundesen (ARG)
4.a: Te Kehukehu Butler (NZL), Tiago Carrique (FRA), Adur Amatriain (ESP), Valentin Neves (BRA)
5.a: Kalani Ball (AUS), Gatien Delahaye (FRA), Connor Slijpen (AFR), Heitor Mueller (BRA)
6.a: Ryan Kainalo (BRA), Tenshi Iwami (JPN), Cauã Costa (BRA), Tyler Gunter (EUA)
7.a: Jarvis Earle (AUS), Daiki Tanaka (JPN), Krystian Kymerson (BRA), Gabriel Klaussner (BRA)
8.a: Sheldon Simkus (AUS), Billy Stairmand (NZL), Matheus Navarro (BRA), Marcos Correa (BRA)

SEGUNDA FASE – entrada dos 48 cabeças de chave:
—–3.o=33.o lugar (US$ 1.500 e 700 pts) e 4.o=49.o lugar (US$ 1.250 e 600 pts)
1.a: Jacob Willcox (AUS), Dylan Moffat (AUS), Marc Lacomare (FRA), 1.o da 1.a
2.a: Jackson Baker (AUS), Reef Heazlewood (AUS), Miguel Tudela (PER), 2.o da 1.a
3.a: Mateus Herdy (BRA), Nolan Rapoza (EUA), Carlos Munoz (CRC), 1.o da 2.a
4.a: Jake Marshall (EUA), Kauli Vaast (FRA), Ian Gouveia (BRA), 2.o da 2.a
5.a: Crosby Colapinto (EUA), Dimitri Poulos (EUA), Edgard Groggia (BRA), 1.o da 3.a
6.a: Imaikalani deVault (HAV), Jackson Bunch (HAV), Luke Thompson (AFR), 2.o da 3.a
7.a: Morgan Cibilic (AUS), Jett Schilling (EUA), Daniel Emslie (AFR), 1.o da 4.a
8.a: João Chianca (BRA), Adin Masencamp (AFR), Joel Vaughan (AUS), 2.o da 4.a
9.a: Miguel Pupo (BRA), Jorgann Couzinet (FRA), Timothe Bisso (FRA), 1.o da 5.a
10: Michael Rodrigues (BRA), Joan Duru (FRA), Jabe Swierkocki (EUA), 2.o da 5.a
11: Deivid Silva (BRA), Justin Becret (FRA), Maxime Huscenot (FRA), 1.o da 6.a
12: Eli Hanneman (HAV), Jadson André (BRA), Alister Reginato (AUS), 2.o da 6.a
13: Frederico Morais (POR), Mikey McDonagh (AUS), Leo Casal (BRA), 1.o da 7.a
14: Kade Matson (EUA), Marco Mignot (FRA), Lucas Silveira (BRA), 2.o da 7.a
15: Samuel Pupo (BRA), George Pittar (AUS), Rafael Teixeira (BRA), 1.o da 8.a
16: Cole Houshmand (EUA), Alejo Muniz (BRA), Lucca Mesinas (PER), 2.o da 8.a

PRIMEIRA FASE – 3.a=33.o lugar (US$ 1.500 e 700 pts) e 4.a=41.o lugar ($ 1.250 e 650 pts):
1.a: Daniella Rosas (PER), Ella McCaffray (EUA), Eweleiula Wong (HAV), Catalina Zariquiey (PER)
2.a: Yolanda Hopkins (POR), Kirra Pinkerton (EUA), Sara Wakita (JPN), Zoe Steyn (AFR)
3.a: Zoe McDougall (HAV), Nyxie Ryan (AUS), Silvana Lima (BRA), Karol Ribeiro (BRA)
4.a: Leilani McGonagle (CRC), Carolina Mendes (POR), Natasha Van Greunen (AFR), Bruna Carderelli (BRA)
5.a: Ariane Ochoa (ESP), Sophia Medina (BRA), Laura Raupp (BRA), Taís Almeida (BRA)
6.a: Nanaho Tsuzuki (JPN), Tessa Thyssen (FRA), Jessie Van Niekerk (AFR), Camilla Kemp (ALE)
7.a: Sol Aguirre (PER), Amuro Tsuzuki (JPN), Minami Nonaka (JPN), Arena Rodriguez Vargas (PER)
8.a: Erin Brooks (CAN), Pauline Ado (FRA), Anon Matsuoka (JPN), Tainá Hinckel (BRA)

SEGUNDA FASE – entrada das 16 cabeças de chave – 1.a e 2.a=Oitavas de Final:
—–3.a=17.o lugar (US$ 2.100 e 1.900 pts) e 4.a=25.o lugar (US$ 2.000 e 1.700 pts)
1.a: Sally Fitzgibbons (AUS) e Francisca Veselko (POR), 1.a da 1.a e 2.a da 2.a
2.a: Ellie Harrison (AUS) e Vahine Fierro (FRA), 1.a da 2.a e 2.a da 1.a
3.a: Isabella Nichols (AUS) e Bella Kenworthy (EUA), 1.a da 3.a e 2.a da 4.a
4.a: Alyssa Spencer (EUA) e Sophie McCulloch (AUS), 1.a da 4.a e 2.a da 3.a
5.a: India Robinson (AUS) e Nadia Erostarbe (ESP), 1.a da 5.a e 2.a da 6.a
6.a: Bronte Macaulay (AUS) e Sarah Baum (AFR), 1.a da 6.a e 2.a da 5.a
7.a: Luana Silva (BRA) e Teresa Bonvalot (POR), 1.a da 7.a e 2.a da 8.a
8.a: Sawyer Lindblad (EUA) e Zahli Kelly (AUS), 1.a da 8.a e 2.a da 7.a

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As possíveis baterias do surfe em Paris 2024

Canal AOS Mídia simula relação de baterias dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com base na lista de classificados e prováveis convidados.

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Gabriel Medina, Teahupoo, Tahiti. Foto: WSL / Poullenot

Com a vitória no ISA Games, Gabriel Medina será o cabeça de chave número 1 nos Jogos de Paris 2024. Foto: WSL / Poullenot

Não é oficial (é bom já deixar claro!). Com base no nosso feeling e na lista de atletas já classificados para Paris 2024, fizemos a relação de possíveis baterias dos Jogos em Teahupoo

Só para reforçar: como já informamos, o seeding será de acordo com a posição de cada atleta no ISA Games em Porto Rico

Como Gabriel Medina venceu a categoria masculina e Tati Weston-Webb foi a melhor elegível no Feminino (a campeã não está elegível), eles devem ser os cabeças de chave número 1 em Paris

Tatiana Weston-Webb, Teahupoo, Tahiti. Foto: WSL / Poullenot

Tatiana Weston-Webb será a cabeça de chave número 1 na categoria feminina, a menos que Sally Fitzgibbons substitua alguma atleta nas Olimpíadas. Foto: WSL / Poullenot

Imaginamos que o Japão indique Connor O´Leary para a vaga adicional masculina e que as vagas de universalidade fiquem com Bryan Perez, de El Salvador, e Candelaria Resano, da Nicarágua

Importante: em caso de alguma ausência ou de alguma nomeação diferente dessas que esperamos, as baterias podem sofrer muitas mudanças!

Agora, vamos à relação de confrontos e deixe seu comentário!

Masculino

1 Joan Duru (Fra), Jack Robinson (Aus) e Matthew McGillivray (Afr)
2 Kauli Vaast (Fra), Lucca Mesinas (Per) e Griffin Colapinto (EUA)
3 Ramai Boukhiam (Mar), Billy Stairmand (NZL) e João Chianca (Bra)
4 Gabriel Medina (Bra), Connor O´Leary (Jap) e Bryan Perez (ESA)
5 Alonso Correa (Per), Filipe Toledo (Bra) e Kanoa Igarashi (Jap)
6 Andy Criere (Esp), John John Florence (EUA) e Alan Cleland (Mex)
7 Rio Waida (Ind), Leo Fioravanti (Ita) e Reo Inaba (Jap)
8 Ethan Ewing (Aus), Tim Elter (Ale) e Jordy Smith (Afr)

Feminino

1 Sol Aguirre (Per), Janice Gonzalez-Etxabarri (Esp) e Vahine Fierro (Fra)
2 Nadia Erostarbe (Esp), Siqi Yang (Chi) e Candelaria Resano (Nic)
3 Johanne Defay (Fra), Molly Picklum (Aus) e Saffi Vette (NZL)
4 Tatiana Weston-Webb (Bra), Brisa Hennessy (CRI) e Caitlin Simmers (EUA)
5 Anat Lelior (Isr), Santa Olin (Can) e Luana Silva (Bra)
6 Tainá Hinckel (Bra), Camilla Kemp (Ale) e Tyler Wright (Aus)
7 Carissa Moore (EUA), Teresa Bonvalot (Por) e Sarah Baum (Afr)
8 Caroline Marks (EUA), Yolanda Sequeira (Por) e Shino Matsuda (Jap)

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Gabriel Medina conquista vaga nas Olimpíadas de Paris

Gabriel Medina vence o ISA Games em Porto Rico de forma espetacular e garante vaga olímpica ‘aos 45 do segundo do tempo’.

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Gabriel Medina conquista vaga olímpica aos ’45 do segundo tempo’, com vitória emocionante no ISA Games em Porto Rico. Foto: ISA / Jersson_Barboza.

Milhares de espectadores se alinharam à beira-mar de Arecibo para assistir a Gabriel Medina (BRA) e Sally Fitzgibbons (AUS) conquistarem a vitória nos Jogos Mundiais de Surfe (WSG) da ISA em 2024. As ondas de 4 a 6 pés atingindo a bancada de Rastrial proporcionaram um cenário emocionante para o dia das finais, que envolvia campeonatos mundiais por equipe, vagas olímpicas nacionais e medalhas de ouro individuais.

Ao longo de uma semana longa com condições variadas, nada impediu o imparável Gabriel Medina (BRA), tricampeão da WSL e campeão mundial júnior da ISA em 2010, que não cometeu um único erro durante todo o evento, vencendo convincentemente todas as baterias em que competiu. Sua vitória, junto com uma medalha de prata da campeã defensora Tatiana Weston-Webb (BRA), contribuiu para um triunfo triplo do Brasil, que levou para casa o campeonato mundial por equipes, bem como as duas vagas olímpicas individuais disponíveis para as equipes mais bem classificadas por gênero. O Brasil terá agora a maior equipe de surfistas nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, com três homens e três mulheres.

Sally Fitzgibbons (AUS) ampliou ainda mais seu próprio recorde como a surfista mais vitoriosa na história da ISA, conquistando sua quinta medalha de ouro sem precedentes (quatro nos Jogos Mundiais de Surfe da ISA e uma no Mundial Júnior da ISA). Mantendo-se na rodada principal até o dia das finais, a surfista de 33 anos caiu na repescagem na última etapa antes da grande final, surfando três baterias no dia, antes de atingir o ápice quando mais importava, destacando ainda mais seu nome nos livros de história e entregando à Austrália uma medalha de bronze por equipes no processo.

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Equipe brasilera leva título por equipes e fica com as duas vagas adicionais em jogo. Foto: Pablo Jimenez

O imparável Gabriel Medina (BRA) conquista sua primeira medalha de ouro nos Jogos Mundiais de Surfe e garante vaga olímpica para o Brasil

Com Yago Dora (BRA) sendo eliminado na primeira bateria do dia, Gabriel Medina (BRA) precisava de circunstâncias muito específicas para que o Brasil garantisse a vaga olímpica. Na final, isso se tornou ainda mais definitivo; ele precisava vencer, e Ramzi Boukhiam (MAR) precisava ficar em segundo. Qualquer outro cenário e a França ganharia a vaga.

As incríveis performances ao longo da semana dos companheiros de equipe franceses Joan Duru (FRA) e Kauli Vaast (FRA) levaram ambos à final, transformando-a em uma batalha entre surfistas “goofyfoot”. Medina não perdeu tempo em abrir a bateria com um enorme air reverse, finalizado com um ataque à seção final para uma nota de 9.00.

Vaast se manteve ocupado, embora só conseguisse encontrar notas intermediárias. Enquanto isso, Boukhiam utilizou seu surfe poderoso, registrando um 8.17, apoiado por um 7.17 para assumir a liderança na metade da bateria. A cinco minutos do fim, Medina havia conquistado uma apertada liderança, mas Vaast estava encontrando pontuações maiores, ameaçando Boukhiam em segundo lugar. No momento em que o cronômetro soou, no entanto, Medina aumentou sua pontuação total para conquistar a medalha de ouro.

Boukhiam permaneceu em segundo lugar, levando a medalha de prata, Vaast ficou logo atrás, em terceiro, para levar o bronze, Duru em quarto com o cobre, e a tempestade perfeita para o Brasil foi completa. Medina adiciona a medalha de ouro dos Jogos Mundiais de Surfe à medalha de ouro do Mundial Júnior da ISA que conquistou em 2010, aos 16 anos.

“Da maneira como aconteceu, fiquei muito emocionado”, disse Medina. “Porque no meio da bateria, eu estava pensando, talvez eu precise de outra nota, porque o Ramzi pegou duas ondas boas, e eu estava esperando por uma surpresa, sabe, uma surpresa de Deus, porque eu pensava que não tinha como o Kauli ou o Joan não ficarem em segundo. Mas eu estava tipo ‘não importa, eu tenho fé, Deus está guiando, então vamos lá, vamos nos divertir’. Então eu tentei me divertir na bateria, não me preocupar com os outros. Eu sabia da minha luta, não havia nada que eu pudesse fazer além de surfar.”

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Sally Fitzgibbons conquista sua quarta medalha de ouro no ISA Games. Foto: ISA / Pablo Franco.

Quarta medalha de ouro nos Jogos Mundiais de Surfe para Sally Fitzgibbons (AUS) a coloca em uma categoria própria

As quatro finalistas da categoria feminina tiveram a oportunidade de conquistar uma vaga olímpica para suas nações, embora seus cenários fossem muito mais complicados do que os dos homens. A campeã defensora, Tatiana Weston-Webb (BRA), a medalhista duas vezes, Johanne Defay (FRA), a atleta recentemente classificada para Paris 2024 Nadia Erostarbe (ESP) e a surfista mais vitoriosa na história da ISA, Sally Fitzgibbons (AUS), deram tudo de si, sabendo o que estava em jogo para elas e suas nações.

A intérprete mais consistente da semana, Defay, abriu com uma nota de 6.00, mantendo uma vantagem inicial, mas logo foi ultrapassada por um 6.77 de Weston-Webb, com uma forte combinação de duas manobras, antes de Fitzgibbons conquistar um 6.83 com sua surfagem dinâmica. Um segundo 6.00 de Defay a manteve na liderança, com Fitzgibbons e Weston-Webb inicialmente incapazes de complementar suas notas. Conforme a bateria avançava, Fitzgibbons encontrava um 6.27 para consolidar a liderança e conquistar sua inédita quarta medalha de ouro nos Jogos Mundiais de Surfe.

“Estou incrédula”, disse Fitzgibbons, também a medalhista de ouro do Mundial Júnior da ISA em 2007. “Esse tipo de onda me desafiou durante toda a semana, e eu sabia que precisava continuar me colocando no jogo e apenas tentar passar por todas aquelas baterias e chegar à final. Eu realmente tentei relaxar na minha surfada e procurar algumas dessas seções maiores porque são as mais divertidas, e uma surfada cheia de estilo iria ganhar essa final.”

Com Erostarbe incapaz de encontrar uma pontuação significativa, os resultados de Weston-Webb e Defay determinariam o vencedor do ranking feminino por equipe. Se Defay ficasse em primeiro lugar, a França levaria, se Weston-Webb ficasse em segundo ou terceiro, o Brasil levaria.

Fitzgibbons fez tudo ao seu alcance para conquistar a vaga para sua nação, mas no final estava fora de suas mãos, já que Weston-Webb conquistou a medalha de prata, entregando a vaga ao Brasil.

Defay ficou com a medalha de bronze, Erostarbe com o cobre. Weston-Webb estava radiante por completar o quadro e entregar ao Brasil um total de seis vagas olímpicas.

“Era nosso objetivo vir aqui e conquistar essas duas vagas, e conseguimos”, disse Weston-Webb. “A equipe esteve muito focada durante toda a semana, sempre nos apoiando, e é isso que o Brasil representa.”

O esforço de Fitzgibbons para garantir a vaga adicional para a Austrália, aproximando-os o máximo possível, foi um momento agridoce e orgulhoso.

“Dentro da minha história, tive muitos desses momentos de quase lá”, disse Fitzgibbons. “Eu tento realmente observar o que está acontecendo e fazer tudo o que posso. Ganhar essa medalha de ouro para o meu país, esse momento é agora, e isso é tudo o que eu poderia fazer no meu controle. Eu aprendi a lidar com essas situações e realmente ver a beleza nelas. Há decepção ali, mas do outro lado, eu simplesmente não poderia estar mais animada, e é nisso que me concentro.”

O Presidente da ISA, Fernando Aguerre, disse: “Que dia, semana e campeonato incríveis. Nunca esqueceremos Porto Rico, nunca esqueceremos estes melhores Jogos Mundiais de Surfe de todos os tempos. Voltamos para casa como embaixadores de Porto Rico. Nossa esperança é voltar. Parabéns a todos os atletas, a todas as delegações. Nos vemos em julho em Teahupo’o para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.”

Resultados

Ranking por Equipes

Ouro – Brasil
Prata- França
Bronze – Austrália
Cobre – Espanha

Feminino

Ouro – Sally Fitzgibbons (AUS)
Prata – Tatiana Weston-Webb (BRA)
Bronze – Johanne Defay (FRA)
Cobre – Nadia Erostarbe (ESP)

Masculino

Ouro – Gabriel Medina (BRA)
Prata- Ramzi Boukhiam (MAR)
Bronze – Kauli Vaast (FRA)
Cobre – Joan Duru (FRA)

Nações com vagas olímpicas adicionais

2024 WSG

Feminino – Brasil
Masculino – Brasil

2022 WSG

Feminino – Estados Unidos
Masculino – Japão

Atletas classificados para Paris 2024 pelo ISA Games em Porto Rico

Feminino

Anat Lelior (ISR)
Camilla Kemp (ALE)
Janire Gonzalez-Extabarri (ESP)
Nadia Erostarbe (ESP)
Siqi Yang (CHN)
Sol Aguirre (PER)
Tainá Hinckel (BRA)
Yolanda Sequeira (POR)

Masculino

Alonso Correa (PER)
Andy Criere (ESP)
Joan Duru (FRA)
Ramzi Boukhiam (MAR)
Rio Waida (IND)
Tim Elter (ALE)

Atletas que já estavam classificados

Feminino

Classificadas pelo ISA Games 2023

Saffi Vette (NZL)
Sarah Baum (AFR)
Shino Matsuda (JAP)
Vahine Fierro (FRA)

Classificadas pelo Championship Tour 2023

Feminino

Brisa Hennessy (CRC)
Carissa Moore (EUA)
Caroline Marks (EUA)
Johanne Defay (FRA)
Molly Picklum (AUS)
Tatiana Weston-Webb (BRA)
Teresa Bonvalot (POR)
Tyler Wright (AUS)

Masculino

Classificados pelo ISA Games 2023

Alan Cleland Jr (MEX)
Billy Stairmand (NZL)
Kauli Vaast (FRA)
Reo Inaba (JAP)

Classificadas pelo Championship Tour 2023

Ethan Ewing (AUS)
Filipe Toledo (BRA)
Griffin Colapinto (EUA)
Jack Robinson (AUS)
João Chianca (BRA)
John John Florence (EUA)
Jordy Smith (AFR)
Matthew McGillivray (AFR)
Kanoa Igarashi (JAP)
Leonardo Fioravanti (ITA)

 

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Surfe brasileiro busca últimas vagas nas Olimpíadas de Paris

Gabriel Medina, Yago Dora, Luana Silva e Tainá Hinckel disputam ISA Games em Porto Rico em busca de vagas nas Olimpíadas.

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Gabriel Medina busca a classificação para as Olimpíadas de Paris 2024 através do ISA Games em Porto Rico. Foto: ISA

Gabriel Medina busca a classificação para as Olimpíadas de Paris 2024 através do ISA Games em Porto Rico. Foto: ISA

Chegou a hora da briga pelas últimas vagas do surfe nas Olimpíadas de Paris 2024. O ISA Games começa neste sábado, em Arecibo, Porto Rico, e a equipe brasileira já tem suas primeiras baterias definidas na prova.

O tradicional desfile das nações aconteceu na tarde desta sexta-feira (23). As d
isputas de surfe começam no sábado, a partir das 8:30h (Brasília), em dois picos diferentes. Os homens competem em Margara e as mulheres em El Pico.

A equipe brasileira terá Filipe Toledo, Gabriel Medina e Yago Dora na categoria masculina; Tati Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel na feminina.

Filipe e Tati já estão classificados para as Olimpíadas em Teahupoo, assim como João Chianca. O Brasil briga por mais uma vaga na categoria masculina e por duas na feminina.

Para obter a terceira vaga entre os homens, o time brasileiro precisa ter a maior pontuação do gênero somando os resultados de Filipe, Medina e Yago. Em caso de êxito, a vaga ficará com Medina ou Yago (quem ficar na frente no ISA Games).

Já no Feminino, Luana e Tainá buscam a classificação para as Olimpíadas e até podem ir juntas com Tati. Elas precisam lutar por uma das oito vagas disponíveis para as mulheres em Porto Rico. As duas só poderão ir juntas para Teahupoo se o Brasil for o melhor país no ranking por equipes do gênero feminino, o que abriria uma vaga adicional para o País.

Caso as duas fiquem entre as primeiras colocadas em Porto Rico e o Brasil não seja a melhor equipe campeã, irá para Teahupoo quem terminar na frente no ISA Games.


Programação dos brasileiros no primeiro dia do ISA Games 2024 (horários de Brasília)

11:10h Gabriel Medina, Juan Carlos Ramos (ESA), Jose Lopex (VEN), Luke Prosa (BAH)
12:10h Tati Weston-Webb, Mia Calderon (PRI), Tiara vd Huls (HOL)
13:50h Yago Dora, Bryan Perez (ESA), Marco Giorgi (URU), Joey Gale (BAH)
15:10h Tainá Hinckel, Havanna Cabrero (PRI), Mirna Boelsma (HOL)
16:10h Luana Silva, Jolaris Carreras (PRI), Zoie Zietz (HOL)
16:30h Filipe Toledo, Manuel Selman (CHI), Keoni Lasa (VEN), Greyson Grant (SUE)

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