Competições
El Salvador Pro 2025 começa com quatro baterias e paralisação
Primeiro dia do El Salvador Pro 2025 tem apenas quatro baterias realizadas. Veja os resultados, os destaques e o que esperar da quinta-feira.
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João Chianca vence sua bateria de estreia e no El Salvador Pro. Foto: WSL / Aaron Hughes
A quarta etapa do Championship Tour 2025 da World Surf League (WSL) começou nesta quarta-feira, 2 de abril, em Punta Roca, El Salvador, com apenas quatro baterias do Round 1 masculino realizadas. Logo depois, a competição foi paralisada devido ao vento e à queda na qualidade das ondas.
Apesar do pouco tempo de competição, o dia rendeu boas apresentações. O destaque ficou por conta do marroquino Ramzi Boukhiam, que marcou a maior nota do dia, um 7.17, com uma sequência sólida de manobras de backside. Ramzi venceu sua bateria contra o atual número 2 do mundo, Barron Mamiya, e o brasileiro Samuel Pupo, que foi para a repescagem.

Ramzi Boukhiam brilha em Punta Roca com a maior nota do dia: 7.17, em uma onda surfada com potência no backside. Foto: WSL / Aaron Hughes
Entre os brasileiros, João Chianca venceu sua bateria com controle e fluidez, mostrando evolução após um início lento de temporada. Yago Dora avançou em segundo lugar, enquanto Alejo Muniz, Edgard Groggia e Samuel Pupo foram derrotados e disputarão a repescagem.
As condições foram comprometidas pelo vento lateral desde cedo, e após três chamadas ao longo do dia, a WSL optou por não retomar o evento. Segundo Renato Hickel, comissário da WSL, “as condições estavam muito inconsistentes e não permitiam baterias justas para três atletas”.
A próxima chamada oficial será nesta quinta-feira, 3 de abril, às 9h15 (horário de Brasília), com possibilidade de reinício às 9h33. A competição deve recomeçar com a quinta bateria do masculino.

Yago Dora avança em segundo lugar em uma bateria disputada em Punta Roca. Foto: WSL / Aaron Hughes
Resultados do dia:
1 Connor O’Leary (Jap) 11.50, Rio Waida (Ind) 11.43, Alejo Muniz (Bra) 8.94
2 João Chianca (Bra) 9.40, Jack Robinson (Aus) 9.17, Edgar Groggia (Bra) 8.90
3 Ramzi Boukhiam (Mar) 13.77, Barron Mamiya (EUA) 10.33, Samuel Pupo (Bra) 9.23
4 Jackson Bunch (EUA) 12.16, Yago Dora (Bra) 10.26, Ian Gentil (EUA) 9.34
Demais baterias do Round 1 masculino (ainda não realizadas):
5 Ethan Ewing (Aus), Marco Mignot (Fra), Levi Slawson (EUA)
6 Italo Ferreira (Bra), George Pittar (Aus), Bryan Perez (Esa)
7 Filipe Toledo (Bra), Ian Gouveia (Bra), Alan Cleland (Mex)
8 Griffin Colapinto (EUA), Cole Houshmand (EUA), Matthew McGillivray (AFS)
9 Kanoa Igarashi (Jap), Seth Moniz (EUA), Imaikalani deVault (EUA)
10 Leonardo Fioravanti (Ita), Liam O’Brien (Aus), Crosby Colapinto (EUA)
11 Jordy Smith (AFS), Joel Vaughan (Aus), Ryan Callinan (Aus)
12 Miguel Pupo (Bra), Jake Marshall (EUA), Deivid Silva (Bra)
Com previsão de ondulação maior para os próximos dias, a expectativa é de que a WSL aproveite as boas janelas para avançar o máximo possível no cronograma das fases masculina e feminina.
Austrália
Filipe Toledo vence a etapa de Burleigh Heads da WSL 2025
Filipe Toledo e Bettylou Sakura Johnson vencem o Bonsoy Gold Coast Pro em Burleigh Heads. Confira os destaques e resultados completos.
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11/05/2025Por
aos-midia
Filipe Toledo vence a etapa da WSL em Burleigh Heads, Austrália. Foto: WSL / Andrew Shield
A sexta etapa do Championship Tour da WSL 2025 foi concluída neste sábado (10) em Burleigh Heads, na Gold Coast australiana, com vitórias de Filipe Toledo (Brasil) e Bettylou Sakura Johnson (Havaí). O Bonsoy Gold Coast Pro, apresentado pela GWM, marcou o retorno do evento à icônica bancada após mais de duas décadas, celebrando o formato de baterias homem a homem em ondas limpas de 3 a 4 pés, com grande público na areia.
No masculino, Filipe Toledo reeditou a final de 2015 contra Julian Wilson (Austrália) e, mais uma vez, saiu vencedor. Esta foi a 16ª vitória de sua carreira na elite mundial, o que o coloca entre os dez maiores vencedores da história do CT. A campanha de Toledo foi marcada por uma crescente de performance. Nas quartas de final, ele superou Yago Dora com um aéreo full rotation que lhe rendeu nota 8.33, somada a um 7.50. Na semifinal, contra Alejo Muniz, Filipe atingiu a perfeição com uma nota 10, fruto de um tubo profundo seguido de alley-oop, levantando a torcida.

Julian Wilson volta com tudo às competições e fica em segundo lugar numa final espetacular. Foto: WSL / Beatriz Ryder
Na grande decisão, Filipe somou 17.60 pontos com notas 8.53 e 9.07, superando os 17.20 de Wilson. Foi uma das finais mais disputadas da temporada. “Tirei um ano de folga para cuidar da minha família. Foi difícil voltar ao ritmo com todos tão afiados, mas é muito bom estar de volta”, declarou o bicampeão mundial, que agora ocupa o 6º lugar no ranking.
No feminino, Bettylou Sakura Johnson conquistou sua primeira vitória em etapas do CT ao derrotar Sally Fitzgibbons (Austrália) por 15.33 a 7.83. A havaiana, que chegou ao evento na 13ª posição e ameaçada pelo corte da temporada, agora aparece em 6º lugar no ranking. Ao longo do evento, mostrou consistência e maturidade, especialmente nas quartas de final contra Molly Picklum e na semifinal contra Vahine Fierro.
“Essa é a melhor sensação do mundo. Trabalhei muito, com paciência e perseverança. Tive um ano difícil, com lesões e outras dificuldades, mas consegui juntar tudo na hora certa”, afirmou Bettylou após sua vitória.

Bettylou Sakura Johnson faz a festa na categoria feminina. Foto: WSL / Beatriz Ryder
A campanha brasileira em Burleigh foi expressiva. Além do título de Filipe Toledo, Alejo Muniz chegou à semifinal e Miguel Pupo, Yago Dora, Deivid Silva e Luana Silva alcançaram as quartas de final. O Brasil ainda manteve a liderança do ranking masculino com Italo Ferreira, que, apesar de ter sido eliminado nas oitavas, segue vestindo a lycra amarela para a próxima etapa.
Um dos momentos especiais do evento foi a bateria de exibição entre Mick Fanning e Joel Parkinson. A dupla australiana de campeões mundiais reviveu a rivalidade com notas expressivas e diversão à parte. Parko levou a melhor com 16.83 contra 13.50 de Mick, em uma celebração simbólica da história do surfe australiano.
A próxima etapa será o Margaret River Pro, na Austrália Ocidental, com janela entre 17 e 27 de maio. A corrida pelo título mundial segue aberta nas duas categorias e Burleigh Heads serviu como marco de virada para muitos nomes importantes do circuito.

Finalistas da etapa da WSL em Burleigh Heads, Austrália. Foto: WSL / Beatriz Ryder
Resultados – Bonsoy Gold Coast Pro 2025
Final – Masculino
1º – Filipe Toledo (Brasil) – 17.60
2º – Julian Wilson (Austrália) – 17.20
Final – Feminino
1º – Bettylou Sakura Johnson (Havaí) – 15.33
2º – Sally Fitzgibbons (Austrália) – 7.83
Semifinais – Masculino
Filipe Toledo (Brasil) 17.67 derrotou Alejo Muniz (Brasil) 14.07
Julian Wilson (Austrália) 15.60 derrotou Kanoa Igarashi (Japão) 14.90
Semifinais – Feminino
Bettylou Sakura Johnson (Havaí) 12.33 derrotou Vahine Fierro (França) 7.00
Sally Fitzgibbons (Austrália) 11.17 derrotou Erin Brooks (Canadá) 9.40
Quartas de final – Masculino
Filipe Toledo (Brasil) 15.83 derrotou Yago Dora (Brasil) 11.90
Alejo Muniz (Brasil) 13.43 derrotou Morgan Cibilic (Austrália) 8.97
Julian Wilson (Austrália) 14.10 derrotou Miguel Pupo (Brasil) 9.40
Kanoa Igarashi (Japão) 14.34 derrotou Jordy Smith (África do Sul) 13.84
Quartas de final – Feminino
Vahine Fierro (França) 12.83 derrotou Luana Silva (Brasil) 10.83
Bettylou Sakura Johnson (Havaí) 15.33 derrotou Molly Picklum (Austrália) 13.37
Erin Brooks (Canadá) 17.76 derrotou Stephanie Gilmore (Austrália) 14.27
Sally Fitzgibbons (Austrália) 14.47 derrotou Isabella Nichols (Austrália) 12.60
Bateria especial – Heritage Heat
Joel Parkinson (Austrália) 16.83 derrotou Mick Fanning (Austrália) 13.50
Atualização dos rankings da WSL
Top 5 Masculino
-
Italo Ferreira (BRA) – 31.290 pontos
-
Yago Dora (BRA) – 27.820 pontos
-
Jordy Smith (AFS) – 27.460 pontos
-
Kanoa Igarashi (JAP) – 26.600 pontos
-
Ethan Ewing (AUS) – 26.310 pontos
Top 5 Feminino
-
Gabriela Bryan (HAW) – 33.850 pontos
-
Caitlin Simmers (EUA) – 33.850 pontos
-
Molly Picklum (AUS) – 33.410 pontos
-
Isabella Nichols (AUS) – 30.945 pontos
-
Tyler Wright (AUS) – 28.660 pontos
Brasil
WSL e Banco do Brasil firmam novo acordo de três anos
Acordo entre WSL e Banco do Brasil é renovado por mais três temporadas e inclui o patrocínio ao Challenger Series e ao CT em Saquarema.
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5 dias atrásem
08/05/2025Por
Alexandre Aquino
Acordo entre WSL e Banco do Brasil é renovado por mais três temporadas e inclui o patrocínio ao Challenger Series e ao CT em Saquarema, fortalecendo o esporte, a inclusão e o legado da Brazilian Storm. Foto: WSL / Aleko Stergiou
A WSL anunciou nesta semana a renovação de sua histórica parceria com o Banco do Brasil por mais três temporadas. A instituição financeira seguirá investindo na modalidade para fortalecer seu papel no esporte mais vitorioso da última década no país e apoiar a sucessão da Brazilian Storm. Além disso, a partir de agora, a etapa brasileira do Challenger Series (CS) passará a se chamar Banco do Brasil Saquarema Pro, apresentado por Corona Cero.
A renovação também garante a continuidade do patrocínio para o Vivo Rio Pro, etapa do Championship Tour (CT). No ano passado, o BB se destacou na Vila dos Patrocinadores, oferecendo atrações como tirolesa – uma das favoritas do público -, além de shows musicais no palco ‘BB Som e Surfe’, aulas de ginástica funcional, sala de e-Sports e um mezanino com vista para a competição.
Há mais de 30 anos apoiando equipes, atletas, projetos sociais e fomentando o esporte brasileiro, o Banco do Brasil tornou-se parceiro da WSL também para apostar na nova geração do surfe nacional. Além dessas ações, o Banco seguirá investindo diretamente na carreira de surfistas como Italo Ferreira, Tatiana Weston-Webb, Tainá Hinckel e Silvana Lima.

Maurício Toledo, gerente executivo de Promoção e Patrocínio do Banco do Brasil (à esq.), e Ivan Martinho, presidente da WSL, na América Latina; Crédito: WSL / Fernando Santos
O Circuito Banco do Brasil de Surfe é outro pilar essencial dessa parceria. Além do Qualifying Series (QS) já realizado em São Sebastião, outras quatro edições estão previstas no calendário do surfe sul-americano deste ano. Ao final do vínculo contratual, em 2027, terão sido realizadas 28 edições desde o início da competição, em 2022.
Mais que um campeonato, o circuito carrega valores como fomento à modalidade, oportunidade de acesso para surfistas de todo o país, sustentabilidade, bem-estar, inclusão social e equidade de gênero, concedendo premiações iguais para homens e mulheres.
Outro destaque está no impacto positivo gerado nas comunidades locais, com atividades gratuitas e atrações que movimentam a economia da região.
Apenas na última etapa, em Maresias, foram gerados mais de 200 postos de trabalho, com a população local participando das montagens e desmontagens das estruturas.

Um dos destaques do Circuito Banco do Brasil de Surfe é o impacto positivo gerado nas comunidades locais, com atividades gratuitas e atrações que movimentam a economia da região. Foto: WSL / Aleko Stergiou
Indiretamente, o turismo também é impulsionado, com maior taxa de ocupação de hotéis e o aumento de consumo em bares, restaurantes e demais comércios locais.
“O Circuito Banco do Brasil de Surfe é o maior campeonato de surfe da atualidade no Brasil e na América Latina, dando oportunidade para os surfistas competirem em diversas localidades da costa brasileira também gerando entretenimento para o público e trazendo um legado importante para os locais onde passa com ações ambientais e sociais importantes. É uma competição que apoia o esporte, mas que traz consigo uma série de benefícios e valores que vão muito além”, afirma Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.
“O Banco do Brasil tem orgulho de ser fã e apoiador do esporte brasileiro há mais de 30 anos e o Circuito Banco do Brasil de Surfe reforça o compromisso com essa história. O surfe é uma modalidade que conversa com nossa estratégia de Marca e ao fomentarmos essa competição impulsionamos o surgimento de novos talentos e fortalecemos a conexão com um público engajado com esporte e cultura mas que também se preocupa com sustentabilidade, como com a preservação dos oceanos e das praias”, acrescenta Maurício Toledo, gerente executivo de Promoção e Patrocínio do Banco do Brasil.

Espetáculo da Esquadrilha CEU durante a etapa na Praia de Maresias, São Sebastião (SP). Foto: WSL Brasil / Aleko Stergiou
Oportunidade para os atletas e estrutura de primeira
Disputado por surfistas de todas as gerações, o Circuito Banco do Brasil de Surfe realizou 14 etapas desde o seu início, em 2022. Foram nove cidades visitadas, sendo oito nas três regiões que compõem a costa litorânea brasileira: Garopaba (SC), Salvador (BA), Ubatuba (SP), Saquarema (RJ), São Sebastião (SP), Torres (RS), Marechal Deodoro (AL) e Natal (RN), além de uma etapa inédita e histórica em Itupeva (SP), no interior de São Paulo, quando pela primeira vez na América Latina foi feito um evento em uma piscina de ondas artificiais.
Ao todo, foram 1.624 inscrições e 278 novos surfistas competindo profissionalmente pela primeira vez. O predomínio brasileiro é evidente, com 606 participantes nacionais, entre homens e mulheres. Além disso, outras 14 nacionalidades também vieram ao Brasil para competir: África do Sul, Argentina, Austrália, Chile, Equador, Estados Unidos, Itália, México, Peru, Polônia, Porto Rico, Uruguai, Suécia e Venezuela.

Laura Raupp, de 19 anos, é a maior vencedora de etapas do Circuito Banco do Brasil, com quatro títulos na sua prateleira. Foto: WSL / Aleko Stergiou
O Circuito Banco do Brasil consagrou 20 campeões com ao menos uma etapa. A jovem Laura Raupp, de 19 anos, é a maior vencedora, com quatro títulos na sua prateleira.
Outro dado curioso tem sido o aumento no número de inscrições de atletas ano após ano, o que demonstra o sucesso e a boa aceitação da competição. Em 2022, em sua primeira temporada, foram 346 inscritos. Em 2023, já com cinco edições, houve 553, enquanto em 2024, o número subiu para 565. Em 2025, a competição já recebeu 160 inscrições apenas para a primeira etapa.
Grande parte do sucesso se deve a estrutura oferecida para fãs, atletas e staff, a melhor e maior de um QS pelo mundo e, muitas vezes, podendo até comparada e se sobressaindo em relação a algumas etapas do CS ou CT. O Circuito Banco do Brasil de Surfe conta com diversas áreas: VIP, sala WSL, que recebe executivos e convidados, Lounge Atletas, espaço para fisioterapia dos surfistas, Sala BB, Sala de Transmissão, Palco Sunset Espaço BB, que conta com área kids, lojistas BB, WSL Store e ONGs.

Luana Soares rasgou elogios à estrutura da etapa em Maresias. Foto: WSL / Aleko Stergiou
Este ano, em São Sebastião, na Praia de Maresias, Luana Soares, que competiu no LQS 1,000 e terminou com o título sul-americano feminino de Longboard, não escondeu a satisfação com a infraestrutura durante entrevista: “A WSL chega com tudo aqui com essa estrutura bizarra, área dos atletas, comidinha boa, conforto. Um lugar muito bom, que tem altas ondas. Obrigado a WSL e a todos os envolvidos”, elogiou.
Para 2025, estão previstas cinco etapas. Além da prova de abertura, em São Sebastião, visto como o maior evento de surfe da história do litoral paulista e que valeu 6.000 pontos para o ranking da WSL South America, outros três eventos QS 4000 já estão confirmados: entre os dias 21 e 25 de maio será a vez de Natal (RN).
Depois, em agosto, haverá outra etapa entre os dias 21 e 24 ainda sem local definido. Na sequência, Imbituba (SC) recebe a competição entre 17 e 21 de setembro. O calendário também prevê um QS 2000, que ainda não teve o seu local revelado.
Uma curiosidade é que deste ano até o fim do contrato, o Circuito Banco do Brasil de Surfe vai oferecer um aumento na pontuação no ranking do QS em comparação a anos anteriores. O que era QS 5,000, 3,000 e 1,000 agora são QS 6,000, 4,000 e 2,000. Com isso, apenas em 2025, serão 20 mil pontos em disputa para o ranking sul-americano da WSL.

As etapas do Circuito Banco do Brasil também promovem diversas ações socioambientais. Foto: WSL / Christian Bender
Ações ambientais e sociais
Por onde passam, as etapas também promovem diversas ações socioambientais. Apenas em 2024, mais de 3.700 pessoas estiveram envolvidas nas ações ASG. Entre elas está o plantio de mudas nativas, que ajudam a preservar a vegetação oriunda das praias. Também é realizado o upcycling com as lonas da estrutura do campeonato, a fim de transformá-las em algum item de surfe (quilha e raspador) para doação a projetos sociais locais do esporte.
Outra medida importante é a neutralização da emissão de gases de efeito estufa, com a compra de créditos para compensação de carbono com rastreabilidade e certificados. A gestão de resíduos produzidos no evento, com coleta seletiva, dando destino certo para cada tipo de resíduo, seja ele reciclável ou orgânico, também se faz presente em todas as etapas, deixando que pouco lixo tenha como destino os aterros. Em 2024, mais de 100 quilos de lixo foram recolhidos das praias, 1,8 tonelada de resíduos foram reaproveitados e aproximadamente 1,4 toneladas de resíduos recicláveis foram coletados.
Já entre as ações sociais está o apoio da organização a ONGs ou cooperativas locais. No ano passado, 35 ONGs estiveram envolvidas nos eventos realizados pelo Brasil. Além disso, no ano passado, entre os diversos projetos, a liga promoveu uma ação que começou após o fim da etapa de São Sebastião e terminou em Natal, envolvendo a Flor da Kantuta, uma iniciativa de mulheres imigrantes bolivianas, que costuraram manualmente 200 necessaires, utilizadas posteriormente para montagens de kits de higiene pessoal, que acabaram distribuídos e atenderam 151 famílias em situação de rua. Há ainda o ‘Novas Ondas’, programa que fomenta a modalidade, conecta a população local com o surfe e inspira novas gerações. O projeto promove a interação entre crianças com surfistas da nova geração, atletas locais, membros do squad BB e ídolos do esporte.
Cultura
A conexão entre esporte e arte também é outra característica clássica e demonstrada nos lançamentos dos posters que abrem a temporada do Circuito Banco do Brasil. Em 2022, na primeira edição, o material foi desenvolvido pelo artista de surf art Tom Veiga. Já em 2023, pela primeira vez na história do surfe, uma arte de circuito, desenvolvida pelo estúdio NAIPE, foi feita sendo utilizada uma inteligência artificial.
Nos anos seguintes, oportunidades para dois artistas brasileiros brilharem: em 2024 coube a multiartista Nazura, conhecida por seus murais e ilustrações que visa desconstruir a narrativa de violência que recai em pessoas negras, a missão de fazer o pôster; já neste ano, o pernambucano Bacaro Borges emprestou seu talento e aplicou a xilogravura colocando aspectos regionais marcantes da paisagem nordestina, como cactos e pássaros, além de passar a mensagem características do campeonato, que é a revelação de novos talentos.
Diversão garantida
Uma das principais características dos eventos é proporcionar ao público bom entretenimento. Na última etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe, em Maresias, por exemplo, dois shows foram colocados à disposição do público: o do artista internacional e surfista influente, Donavon Frankenreiter, que teve a arrecadação líquida da bilheteria doada para o Fundo Social de São Sebastião, e do rapper brasileiro Gabriel Pensador.
Além disso, costumeiramente, as etapas reservam um espaço na praia dedicado para a ativação de patrocinadores e outras atividades gratuitas e o BB participa ativamente seja no QS, no CS ou no CT. Aulas de surfe com monitores especializados para diferentes níveis, empréstimo de pranchas com monitoria e até reparos rápidos de pranchas para atletas e moradores locais, quadras para a prática de futevôlei, beach tennis e vôlei de praia, além de aulas funcionais e yoga são algumas das opções a depender do evento.
Outra aparição constante são as clínicas de altinha, com o objetivo de desenvolver as habilidades com a bola nos pés. Uma “área kids”, com oficinas de massinhas de modelar e pintura também costuma ser oferecido. As ativações no CT e CS como a tirolesa, escalada, surf jump e game box também são marcas registradas e da grandeza para a marca do BB nos eventos. Além disso, clientes BB com cartões Ourocard têm benefícios exclusivos, como descontos na aquisição de produtos e acesso a filas exclusivas.
Com todos esses benefícios, o acordo WSL e BB segue escrevendo os seus capítulos na história da modalidade, transformando-se em uma das principais e mais bem-sucedidas parcerias já realizadas na história do esporte no país, não só cuidando para garantir que a sucessão da Brazilian Storm esteja assegurada, mas também deixando um legado ambiental, social e econômico pelos lugares onde passa e exercendo papel importante no desenvolvimento da sociedade brasileira.
Sobre a WSL
A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação. Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.
Competições
Pipeline volta a decidir o título mundial da WSL em 2026
Tour da WSL será reformulado e terá o retorno de Pipeline como palco da grande final. Saiba todas as mudanças no novo formato
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1 semana atrásem
02/05/2025Por
aos-midia
Tour da WSL será reformulado e terá o retorno de Pipeline como palco da grande final. Foto: WSL / Brent Bielmann
A temporada 2026 vai marcar os 50 anos do surfe profissional e, para celebrar esse marco, a World Surf League (WSL) anunciou uma profunda reformulação no formato do Championship Tour (CT). O calendário passará a contar com 12 etapas, divididas entre temporada regular e pós-temporada, e o mundial voltará a ser decidido no lendário Pipe Masters, no Havaí.
A decisão de reinserir Pipeline como palco da grande final atende a um desejo antigo de fãs, atletas e da própria história do esporte. “Pipeline sempre teve um papel especial na história do surfe, e nossos fãs deixaram claro que querem ver os momentos mais importantes do esporte acontecerem ali”, afirmou Ryan Crosby, CEO da WSL.
Novo formato do CT
A temporada começará em abril e vai até dezembro, começando na Austrália e terminando no Havaí. As nove primeiras etapas compõem a temporada regular, da qual participarão 36 homens e 24 mulheres. Os surfistas levarão consigo os sete melhores resultados entre as nove etapas para a fase seguinte.
Ao fim dessa primeira fase, os 24 melhores homens e 16 melhores mulheres avançam para duas etapas classificatórias da pós-temporada: Abu Dhabi e Peniche. Em seguida, todos os surfistas do CT — inclusive os que não se classificaram — retornarão para disputar o Pipe Masters, que valerá 15.000 pontos, 1,5 vez mais que os eventos padrão.
A pontuação final será definida pela soma dos nove melhores resultados ao longo das 12 etapas. Isso significa que o título será decidido por consistência ao longo do ano e desempenho nas etapas decisivas, sem o formato Final 5 usado nos últimos anos.
Além disso, os oito melhores colocados no ranking antes de Pipeline terão vantagem competitiva no chaveamento da etapa final.

Etapa final passará a valer 15 mil pontos e terá participação de todos os atletas que ficarem depois do corte. Foto: WSL / Tony Heff
Calendário completo do CT 2026
Temporada regular
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CT1 – Bells Beach (Victoria, Austrália)
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CT2 – Margaret River (Austrália Ocidental, Austrália)
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CT3 – Snapper Rocks (Queensland, Austrália)
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CT4 – Punta Roca (El Salvador)
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CT5 – Saquarema (Brasil)
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CT6 – Jeffreys Bay (África do Sul)
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CT7 – Teahupo’o (Taiti)
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CT8 – Cloudbreak (Fiji)
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CT9 – Lower Trestles (Califórnia, EUA)
Pós-temporada
10. CT10 – Surf Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)
11. CT11 – Peniche (Portugal)
12. CT12 – Pipe Masters (Havaí, EUA)
Observação: Todos os atletas do CT retornam para disputar o Pipe Masters, independentemente da classificação no ranking. Etapa decisiva com 15.000 pontos em jogo.

A partir de 2026, todas as baterias serão eliminatórias. Foto: WSL / Brent Bielmann
Mudanças adicionais no formato
Uma das mudanças mais relevantes é a eliminação das rodadas de não eliminação em todos os eventos do CT. Com isso, cada bateria passa a ser decisiva desde o início, elevando a tensão competitiva e abrindo mais espaço para baterias de impacto em condições ideais.
Outra novidade é a expansão da elite feminina, que passará a contar com 24 surfistas, em vez das 18 atuais. A medida amplia a representatividade global e oferece mais oportunidades para atletas mulheres no circuito principal.
A WSL também confirmou que o evento Pipe Masters passa a fazer parte oficial do Championship Tour, com os direitos da marca sendo transferidos pela Vans à liga. A empresa segue como parceira oficial de calçados e vestuário do evento.
Esclarecimento importante sobre o ranking e o corte
Embora os surfistas que forem cortados após a nona etapa fiquem fora das duas etapas da pós-temporada (Abu Dhabi e Peniche), todos retornam para disputar o Pipe Masters, inclusive aqueles que não passaram pelo corte.
Porém, apenas os classificados após o corte seguem na disputa pelo título mundial. Quem foi cortado pode participar de Pipeline, mas não estará matematicamente na briga pelo título.
Ainda assim, essa última etapa vale 15.000 pontos, e o desempenho em Pipeline pode ser decisivo para a classificação do atleta para o CT de 2027, já que o ranking final do ano será formado pela soma dos nove melhores resultados entre as 12 etapas do ano, e não apenas da temporada regular.
As etapas de Abu Dhabi e Peniche, por sua vez, ajudam a definir o posicionamento dos atletas que seguem na corrida pelo título, influenciando o chaveamento da grande final e a composição do Top 8, que terá vantagem no sorteio das baterias em Pipeline.
Qualificação segue inalterada
O sistema de qualificação para o CT permanece o mesmo: os surfistas continuam subindo por meio do sistema de três níveis, que começa pelo Qualifying Series (QS), passa pelo Challenger Series (CS) e culmina no acesso ao CT.
Mais informações sobre a qualificação e o calendário completo do CS devem ser divulgadas nos próximos meses.
Veja também: Previsão das ondas em Burleigh Heads

Filipe Toledo vence a etapa de Burleigh Heads da WSL 2025

WSL e Banco do Brasil firmam novo acordo de três anos
