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Kelly Slater se recupera de cirurgia no quadril

Depois de sofrer cirurgia, Kelly Slater ficará três meses afastado do surf: “Farei tudo o que puder para voltar antes do inverno”.

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Kelly Slater, Surf Ranch 2023, Lemoore, Califórnia (EUA), WSL, World Surf League, Circuito Mundial de Surf. Foto: WSL / Van Kirk

Depois de sofrer cirurgia, Kelly Slater ficará três meses afastado do surf: “Farei tudo o que puder para voltar antes do inverno”. Foto: WSL / Van Kirk

Uma cirurgia no quadril feita este mês deixará o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater afastado da água por cerca de três meses. Durante o WSL Finals em Trestles, Califórnia (EUA), Slater postou uma imagem nas redes sociais falando sobre a cirurgia, mas não deu muitos detalhes.

Questionado pelo site The Inertia, Slater explicou o motivo: “Uma reconstrução do labrum. Retiraram tecido cicatricial e esporões ósseos da cabeça femoral, rasparam a articulação e retiraram pedaços de osso e objetos estranhos que flutuavam na articulação. Sem dúvida uma cirurgia importante”, revelou, acrescentando ainda que a operação foi um sucesso. “Tudo como deveria estar”, garantiu o 11 vezes campeão mundial.

Kelly Slater divulgou a cirurgia em pleno WSL Finals. Foto: Reprodução

Kelly Slater divulgou a cirurgia em pleno WSL Finals. Foto: Reprodução

Kelly Slater já teve uma série de problemas no pé direito depois de fraturar dois dedos em um treino em Jeffreys Bay, África do Sul. Porém, desta vez ele acredita que será diferente. “O pé possivelmente estava pior e em geral me manteve afastado por mais tempo. Mas também não dei atenção e tempo suficientes para isso, e ainda tenho problemas”, explicou.

Apesar da previsão de três meses afastado das ondas, Kelly Slater promete lutar por uma rápida recuperação. “Farei tudo o que puder para voltar antes do inverno. Descansar primeiro, depois a fisioterapia e quaisquer medidas dietéticas que eu possa fazer; muita massagem profunda quando o labrum estiver assentado e fixado. Obviamente, se houver algum protocolo de PRP (Plasma Rico em Plaquetas) para células-tronco que eu possa fazer, irei investigar”, continuou.

Aos 51 anos e com 11 títulos mundiais, Slater tem vaga garantida no Championship Tour 2024 e segue sem tocar no assunto da aposentadoria. Será que o melhor surfista de todos os tempos vai se despedir do Tour da WSL no Pipe Masters ou seguirá disputando o Circuito?

Fontes: The Inertia e Duke Surf

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Os wildcards do Dream Tour em São Conrado

Rickson Falcão e Maria Eduarda César são convidados para a última etapa do Dream Tour na praia de São Conrado, Rio de Janeiro (RJ).

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Maria Eduarda César, Itacaré, Bahia, Praia da Tiririca. Maria é convidada para o Dream Tour em São Conrado. Foto: Fabriciano Jr. / Survive Photos

Maria Eduarda César é convidada para o Dream Tour em São Conrado. Foto: Fabriciano Jr. / Survive Photos

Contagem regressiva para a etapa final do I PRIO Dream Tour Rio/RJ, circuito que representa a Divisão Principal do Circuito Brasileiro de Surf (CBSurf). Buscando promover a modalidade e seus atletas, a competição definiu como wildcards (atletas convidados) dois nomes que prometem trazer renovação, talento e muita energia para as ondas da Praia de São Conrado, já que fazem parte da nova geração da modalidade no país.

Maria Eduarda César e Rickson Falcão são os atletas confirmados para disputarem as baterias juntos com os outros 86 atletas classificados pelo ranking, durante a janela da etapa que está programada para o período de 26 de novembro a 2 de dezembro.

Representando Serra Grande, na Bahia, a surfista Maria Eduarda tem apenas 16 anos, sendo 7 deles já dedicados às competições dentro da água. A atleta tem uma grande carreira sendo construída, já que possui títulos como campeã brasileira sub16 em 2023, 2º colocada na categoria sub18 no brasileiro amador, além de ter garantida sua vaga para representar o Brasil no ISA Games Júnior em 2025.

“A minha expectativa é aproveitar muito o Dream Tour e curtir cada uma das baterias, sempre dando o meu máximo. Não me sinto nervosa, já que é um circuito profissional e ainda não estou oficialmente nele, mas quero aproveitar o momento, mostrar o meu surfe e fazer uma boa apresentação. Acredito que se continuar com esse pensamento e focada, consigo um bom resultado e tenho certeza que chego na final”, diz Maria.

Rickson Falcão, ISA Junior 2024, La Bocana, El Salvador. Rickson é um dos wildcards do Dream Tour na praia de São Conrado (RJ). Foto: ISA

Com apenas 16 anos Rickson já conta com grandes resultados na carreira Foto: Divulgação

Entre os homens, o goofy Rickson Falcão foi o escolhido. Ele representa a cidade de Saquarema, no Rio de Janeiro, entre seus principais resultados estão a conquista da 9ª colocação no Challenge Series, o terceiro lugar no ISA Games e o título de campeão da primeira etapa do Taça Brasil de 2024.

“Esse ano foi muito bom pra mim. Estou amarradão com essa oportunidade de competir o Dream Tour, um Circuito que estou praticamente classificado para 2025, então é algo muito importante. Agradeço a CBSurf pelo convite e pode ter certeza que vou dar o meu máximo, ainda mais sendo perto de casa”, conta Rickson.

Além das emocionantes disputas nas ondas, o  I PRIO Dream Tour Rio/RJ se destaca pela experiência completa que oferece ao público. O evento conta com uma programação recheada de atividades interativas, ações socioambientais, sunset com música e muito mais, reforçando o compromisso do circuito em conectar a comunidade do surfe com causas relevantes e proporcionar momentos inesquecíveis.

O Dream Tour é apresentado pela PRIO, tem a Corona Cero e o Instituto Aegea, através da concessionária local Águas do Rio, como Patrocinadores Master e a Gerdau como Patrocinadora. A Estácio, Instituto Yduqs e OceanPact são os apoiadores locais.

Para mais informações e atualizações, siga @dreamtoursurf no Instagram e acesse o site oficial da CBSurf.org.br. A competição será transmitida ao vivo no canalCBSurfPLAY do YouTube e estará disponível no sportv a partir das semifinais.

O Dream Tour é uma realização da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) e promoção da Dream Factory, que estão juntos resgatando a Divisão Principal do Circuito Brasileiro de Surf através da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte.

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Competições

Os títulos na WSL e as medalhas olímpicas do surf brasileiro

Surf brasileiro em destaque: títulos mundiais, medalhas olímpicas e vitórias no Pro Junior consolidam o país como potência no esporte.

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Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira estão na badalada lista de campeões mundiais de surf. Foto: WSL / Thiago Diz

O surf brasileiro se consolidou como uma potência mundial, com campeões em diversas modalidades, medalhas olímpicas e vitórias nas categorias de base, como o Pro Junior. Neste artigo, revisamos as principais conquistas dos surfistas brasileiros, destacando os títulos no Circuito Mundial, as medalhas olímpicas e os triunfos no Pro Junior.

Títulos brasileiros no Circuito Mundial de Surf

Gabriel Medina

  • 2014: Gabriel Medina fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial de surf. Medina derrotou o australiano Mick Fanning na última etapa do circuito, em Pipeline, no Havaí, para garantir seu título.
  • 2018: Medina se consagrou bicampeão mundial, após uma temporada de grande consistência e vitórias em algumas das etapas mais disputadas do circuito.
  • 2021: Gabriel Medina conquistou seu terceiro título mundial, tornando-se o primeiro brasileiro a alcançar a marca de três títulos mundiais. Sua vitória em 2021 foi marcada por performances de grande nível, reafirmando sua posição como um dos maiores surfistas da história.

Adriano de Souza (Mineirinho)

  • 2015: Adriano de Souza, o Mineirinho, foi o segundo brasileiro a conquistar o título mundial. Sua vitória em 2015, com a conquista de etapas como a de Pipeline, foi histórica, consolidando-o entre os maiores nomes do surfe.

Italo Ferreira

  • 2019: Italo Ferreira conquistou o título mundial em 2019, tornando-se o terceiro brasileiro a ser campeão mundial. A taça foi conquistada em uma final épica com Gabriel Medina em Pipeline, Havaí.

Filipe Toledo

  • 2022: Filipe Toledo se destacou em 2022 e conquistou o título mundial, com uma temporada impressionante e consistência nas etapas.
  • 2023: Filipe Toledo se consagrou bicampeão mundial em 2023, após uma temporada excepcional que incluiu vitórias marcantes e um desempenho dominante no circuito.

Phil Rajzman (Longboard)

  • 2007: Phil Rajzman foi campeão mundial de longboard pela primeira vez em 2007, conquistando um título de destaque na história do longboard brasileiro.
  • 2016: Rajzman conquistou seu segundo título mundial de longboard em 2016, confirmando sua posição de destaque no esporte.

Carlos Burle (Big Wave Tour)

  • 2009: Carlos Burle se consagrou campeão do Big Wave Tour, o circuito mundial de ondas grandes, em 2009. Sua habilidade nas ondas gigantes foi destacada, consolidando-o como um dos maiores especialistas em ondas grandes do mundo.

Medalha de ouro de Italo Ferreira em 2021

Italo Ferreira fez história ao conquistar a medalha de ouro no surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o que fez dele o primeiro campeão olímpico de surfe na história dos Jogos. Sua vitória foi um marco não apenas para sua carreira, mas também para o surfe brasileiro, que viu seu nome se consolidar no cenário global. Italo superou adversários de peso e mostrou um surfe criativo e de alta performance, garantindo o lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas. Esse feito não só trouxe reconhecimento mundial ao atleta como também foi um símbolo do crescimento e da importância do surfe no Brasil e no mundo.

Medalhas olímpicas do surf brasileiro em Paris 2024

  • Tatiana Weston-Webb: A surfista brasileira conquistou a medalha de prata no surfe nas Olimpíadas de Paris 2024, consolidando-se como uma das melhores do mundo. Sua performance impecável nas ondas de Teahupoo foi decisiva para garantir o lugar no pódio, sendo a primeira brasileira a alcançar uma medalha olímpica no surfe feminino.
  • Gabriel Medina: Gabriel Medina alcançou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024, reafirmando seu talento e domínio nas ondas. Sua participação foi um marco para o surfe brasileiro, com Medina sendo o primeiro surfista masculino a conquistar múltiplas medalhas olímpicas.

Títulos do surf brasileiro no Pro Junior da ASP e WSL

A categoria Pro Junior da ASP (atualmente WSL) tem sido um importante campo de desenvolvimento para o surf de base no Brasil, com jovens surfistas se destacando em competições internacionais.

Campeões Pro Junior

  • 2000: Pedro Henrique
  • 2003: Adriano de Souza
  • 2004 e 2007: Pablo Paulino
  • 2011: Caio Ibelli
  • 2013: Gabriel Medina
  • 2015: Lucas Silveira
  • 2018: Mateus Herdy
  • 2019: Lucas Vicente

O futuro do surf brasileiro

O Brasil continua a ser um berço de grandes talentos, com novas gerações de surfistas se destacando nos circuitos internacionais e em categorias de base como o Pro Junior. A presença forte do Brasil nas Olimpíadas, com medalhas e vitórias, além da consistência no Circuito Mundial, projeta o país para o futuro do surf. Com mais jovens surfistas como João Chianca, Samuel Pupo e outros nomes em ascensão, o Brasil segue sendo uma referência global no surf.

Além disso, a combinação de títulos mundiais, medalhas olímpicas e vitórias em categorias de base é um reflexo do trabalho árduo, da técnica refinada e da paixão dos atletas. O futuro do esporte no Brasil está cada vez mais promissor, com mais conquistas à vista nos próximos anos.

Em resumo, o Brasil continua a ser um líder no surfe global, com mais conquistas e momentos históricos a caminho. O legado dos campeões brasileiros no Circuito Mundial e nas Olimpíadas serve como inspiração para todos os apaixonados pelo esporte e garante que o surfe continuará a brilhar no cenário internacional.

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A história do surf: das origens polinésias ao cenário global

A história do surf: da tradição havaiana à expansão global, o esporte que conquistou o mundo e sua cultura única.

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Representação artística do surfe em sua forma original no Havaí, onde a prática era mais que um esporte, mas parte da cultura e espiritualidade local. - Imagem: Surfing For Life

Representação artística do surf em sua forma original no Havaí, onde a prática era mais que um esporte, mas parte da cultura e espiritualidade local. Imagem: Surfing For Life / A história do surf.

O surf é um dos esportes mais antigos e icônicos do mundo, com uma história rica que remonta a séculos atrás. Ele surgiu nas ilhas da Polinésia, onde era uma prática cultural e espiritual. Relatos indicam que o surfe era central na vida dos povos polinésios muito antes da chegada dos europeus. Na antiga sociedade havaiana, o esporte era conhecido como “he’e nalu”, que significa “deslizar sobre as ondas”.

No Havaí, o surf era mais do que um passatempo: era uma arte profundamente ligada à cultura, espiritualidade e hierarquia social. Reis e chefes tribais utilizavam pranchas maiores e pesadas, feitas de madeira de árvores nobres, enquanto as pessoas comuns usavam pranchas menores. As ondas que os surfistas escolhiam também refletiam sua posição na sociedade.

Duke Kahanamoku, o "Pai do Surfe Moderno", revolucionou o esporte ao levar o surfe do Havaí para o mundo, tornando-se ícone global e símbolo da cultura havaiana.

Duke Kahanamoku, o “Pai do Surf Moderno”, revolucionou o esporte ao levar o surfe do Havaí para o mundo, tornando-se ícone global e símbolo da cultura havaiana.

Com a chegada dos missionários europeus no século XIX, o surf quase desapareceu devido à repressão cultural e à imposição de novos valores religiosos. No entanto, ele sobreviveu em algumas comunidades e começou a renascer no início do século XX, impulsionado por figuras como Duke Kahanamoku, um havaiano que se destacou como nadador olímpico e embaixador do surfe. Duke levou o esporte para fora do Havaí, apresentando-o em lugares como Califórnia e Austrália, ajudando a popularizá-lo globalmente.

Durante os anos 1950 e 1960, o surf passou por uma explosão cultural, especialmente na Califórnia, onde se tornou sinônimo de um estilo de vida descontraído. Foi nessa época que as pranchas começaram a ser feitas de novos materiais, como fibra de vidro e espuma, tornando-as mais leves e acessíveis.

Hoje, o surf é um esporte global, com milhões de praticantes e competições profissionais organizadas pela World Surf League (WSL). Em 2021, o surf fez sua estreia como esporte olímpico nos Jogos de Tóquio, marcando um novo capítulo em sua história. O que começou como uma prática espiritual nas águas do Pacífico tornou-se um fenômeno mundial, mantendo sua essência de conexão com o mar e a natureza.

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